sábado, 25 de outubro de 2014

O Manuelino Minhoto

Guimarães é uma das cidades mais históricas de Portugal.
Terá sido aqui que nasceu D. Afonso Henriques, que também aqui tomaria o Condado Portucalense numa nação independente em 1128.
O desenvolvimento da povoação terá sido organizada pelas ordens religiosas que aqui se instalaram, e na época manuelina já era uma grande urbe, e que mantêm a malha urbana da época.

A antiguidade de Braga já entrou no léxico português, já era importante no tempo dos romanos, César deu-lhe o nome de Augusta, e com o imperador Caracala torna-se em 216 sede da nova província da Galécia.
Em 400 já tinha bispo, de seu nome D. Paterno. Em 448 com o rei suevo Requiario torna-se o primeiro reino suevo-cristão. Foi tomada pelos árabes mas nunca forma permanências de muita duração. Com o bispo D. Pedro, que governou o bispado entre 1070 e 1091, repovoa-se a cidade, e começa a construção da primeira catedral românica.
Se o século XV foi de franco desenvolvimento, a época manuelina foi a de maior brilho.
O interior da catedral é magnífico, sendo o da capela-mor de grande nível plástico com destaque para os desenhos das nervuras curvas, em forma de pétalas, sendo a primeira abóbada do género em Portugal. O grande retábulo de calcário branco de Ançã é do flamengo Machim, em estilo flamejante. A Sé tem um dos mais antigos tesouros religiosos de Portugal, e que hoje está no seu museu de arte sacra. Destaca-se o cálice de prata dourada de 1509, e a pedra de ara em alabastro e prata branca, com um excepcional calvário cravado, sob o crucifixo tem as armas do doador e é de 1527.
A Capela de Nossa Senhora da Conceição foi fundada por João Coimbra em 1525, e é por isso conhecida como a Capela dos Coimbrãs. A sua estrutura é medieval, atribuída a Diogo de Castilho, tem alpendre, belas janelas emolduradas com elementos tardogóticos de grande complexidade e exuberância.

Barcelos já no século XIII era um local estratégico da via que ligava o Porto á Galiza. D. Dinis torna-a cabeça de condado em 1298, que entra na família real por via de D. Pedro, filho do rei, passando depois para a casa de Bragança por via de D. Afonso, filho do rei D. João I. Forma os Duques de Bragança que desenvolveram a vila, agregando famílias judaicas e cristãs.
A Igreja de Santa Maria Maior é a matriz da cidade, mas alterada em várias épocas, sendo a parte mais antiga a fachada gótica, mas a capela-mor já é manuelina de 1504.

O Solar dos Pinheiros tem duas imponentes torres quadrangulares e estrutura manuelina com boa cantaria aparelhada em granito, com vãos assimétricos. Na torre sul o busto do Barbadão, sendo este edifício o melhor exemplo da arquitectura domestica manuelina. 

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