Entre os rios Minho, que faz fronteira com a Galiza,
Espanha, e o Rio Lima, fica a sub-região do Alto Minho. Terra de grande influência
der Santiago de Compostela, onde esteve sob alçada antes e mesmo depois da
criação do reino de Portugal.
Viana do Castelo é a principal cidade da região e a sua
capital. Teve origem num povoado de seu nome átrio, que já existia no século
XII. Foi o rei D. Afonso III que a rebaptizou como Viana, em 1258, e lhe deu
foral.
Na época manuelina estava em franco crescimento, devido a
estar a vila sob alçada da casa real, tendo o delegado do rei, João Gonçalves
de seu nome, sido responsável pelo povoamento. A foz do Rio Lima era um porto
natural excelente para o fundeamento de navios de largo calado. Aqui partiam
gente para África, América do Sul, Oriente, mas também o comércio que vinha do
norte da Europa e das ilhas britânicas. Por isso era atacada por corsários,
sobretudo espanhóis e franceses, o que leva o rei D. Manuel I a mandar
construir a Fortaleza da Barra. Por isso a estrutura da cidade ainda é hoje de
raiz manuelina, mesmo após o desaparecimento das suas muralhas.
Dentro do centro histórico as casas manuelinas, como as de Pêro
Galego, com uma caravela em relevo, a Casa de Pedro Tourinha, com estrutura gótica,
donatário de Porto Seguro no Brasil. Mas a mais imponente é a Casa da Carreira,
mandada construir por Fernão Brandão em 1527, e que serviu em África.
A Igreja de Santa Maria Maior é a Sé de Viana do Castelo, e
foi construída no século XV. Na fachada as armas do rei D. João II, e o escudo
de D. Justo Baldino, bispo de Ceuta, e que em 1478 foi nomeado administrador da
comarca de Valença. No interior permanecem as capelas manuelinas dos Mareantes,
do Santo Cristo, dos Fagundes e dos Camarido. Na fachada duas torres de menagem
com magnifico portal. O interior é de 3 naves e no altar um conjunto de
pinturas flamengas de 1520, com a Lamentação Sobre o Corpo de Cristo. Também
dentro do templo o tumulo magnifico de João Velho.
Caminha fica na foz do Rio Minho, e também se desenvolveu no
período dos Descobrimentos. Já existia no século X como povoação de pescadores.
D. Afonso III manda-a fortificar. D. Dinis dá-lhe foral em 1284. A vila mantém a sua
estrutura manuelina, apenas tendo sido alterado o adro da Igreja Matriz. O núcleo
histórico conserva casas da época manuelina.
A Igreja Matriz, de Nossa Senhora da Assunção, foi iniciada
em 1488 pelo mestre Tomé de Tolosa, mas quem a conclui foi Pêro Galego. Tem uma
notável torre sineira, o interior de 3 naves e a grande capela da Confraria dos
Navegantes, é da mais elegantes da região.
Vila Nova da Cerveira é de iniciativa de D. Dinis, de 1320,
que lhe deu foral uma ano depois, e que foi renovado em 1512 por D. Manuel I,
conservando ainda o pequeno castelo quatrocentista em elipse.
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