Foi implantado em Portugal só com a subida ao trono de D. Afonso
III em 1248, que tinha estado em França.
Melgaço foi o primeiro a ter um matacães.
Foi durante o reinado de D. Dinis que este tipo de construção
militar venceu.
O Tratado de Alcanices em 1279 trouxe a preocupação em
consolidar as novas fronteiras de Portugal. Por isso os castelos fronteiriços
sofreram uma especial atenção e remodelação.
A novidade do castelo gótico foi a sua adaptação a uma
defesa activa, ou seja pronto para resistir aos ataques inimigos, mas para
contra-atacar utilizando máquinas de guerra.
Também permitiu a sua construção em terrenos planos, não
ficando dependente do tipo de terreno, o que foi muito útil em zonas de planície,
como a Beira Baixa, o Alentejo e o Algarve.
As portas passaram a ter torreões, multiplicando-se o número
de torres nas muralhas, constroem-se os cubelos (torreões redondos)
especialmente no Alentejo.
Sendo de influência muçulmana bastante evoluída, alargam-se
os adarves o que permite maior número de homens no topo das muralhas, as ameias
são mais baixas e mais largas, abrem-se mais seteiras adaptadas agora ao tiro
com arco e flecha.
As torres de menagem passam a ficar junto ao pano da
muralha, defendendo a zona mais sensível do castelo, tornando-se maiores e
algumas tornaram-se mesmo zonas de habitação permanente.
Difundidas as técnicas de tiro vertical, apareceram os balcões
de matacães, pequenos varandins de pedra apoiados em misulas salientes das
muralhas e com aberturas redondas, o que permitia o lançamento de armamento
sobre os adversários.
Também foi introduzida a barbacã, um muro mais baixo construído
em volta da muralha. Visava proteger os castelos das catapultas, tendo sido
introduzido no reinado de D. Pedro I sendo as primeiras de 1358 no Crato e na
Amieira.
Existem vários castelos desta tipologia como Mourão,
Santiago do Cacém, Belmonte, Montemor-o-Velho, Monsanto, Terena, mas o do
Sabugal é o que reúne mais características do castelo gótico.
Fundado por Afonso IX de Leão, foi conquistado em 1296 por
D. Dinis que o reformou.
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