As influências estrangeiras levaram a uma importante revolução
na construção dos castelos no século XII, nomeadamente através dos condes
franceses que vieram como o Conde D. Henrique, mas também árabes e orientais.
Os Templários possuidores de técnica muito avançadas a nível
militar, forma os grandes impulsionadores das novas técnicas, obtidas pela sua
participação nas cruzadas no Oriente.
Gualdim Pais, que participou na Segunda Cruzada, tornou-se
mestre da ordem em 1156, e influenciou decisivamente a arquitectura defensiva
portuguesa.
Mas o Ordem do Hospital também contribuiu para o
desenvolvimento.
A partir dai o castelo passava a ter uma função defensiva,
mas a longo prazo, com altos e sólidos muros, difíceis de transpor. A construção
de cisternas no interior ajudava á resistência a longos cercos.
Tinham apenas duas portas, para eliminar pontos de defesa, ás
muralhas juntavam os adarves (caminhos de ronda) protegidos por ameias, com
maior número de torreões para defender os ângulos mais pronunciados.
Construíram-se também as seteiras, mas a maior inovação
foram as torres de menagem, sendo as primeiras as de Tomar em 1160, Pombal em
1171, Almourol no mesmo ano, Penas Roías em 1172 e Longroiva em 1174. Ficavam
no meio dos pátios, na zona mais alta do recinto, geralmente sobre rocha,
raramente inferiores a 10
metros , rectangulares ou quadrangulares.
As portas situavam-se nos andares superiores aos quais se
tinha acesso por escada de madeira (que se recolhia em caso de perigo), de
maneira a poder-se resistir mesmo com o castelo tomado.
Curiosa a adopção do hurdicio em 1174 no castelo de
Longroiva que fixava uma galeria de madeira.
O Castelo de Pombal é um excelente exemplar do românico, construído
em 1156 foi acrescentada a torre de menagem em 1171 com alambor nas 4 faces.
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