segunda-feira, 15 de abril de 2013

A rainha do Mondego


Excelente a qualidade dos povos da Península Ibérica para escolher sítios onde fundar cidades. Aqui os romanos transformaram o castro no alto da colina em castelo, e a povoação transformaram em cidade com o nome de Aeminium.
A sul a civilizada e grande Conimbriga estava em decadência. Os Visigodos mudam o nome da cidade para Imínio e transferem a sede episcopal para aqui.

Da ocupação árabe pouco se sabe, ou restou, sabendo-se que não estiveram aqui muito tempo, e que permitiram a liberdade religiosa.
Reconquistada em definitivo em 1064, Coimbra transforma-se num grande centro urbano. O seu primeiro governador o moçarabe de Tentúgal, Sesnando, recupera a cidade ao longo dos seus 17 anos de governo.
Coimbra torna-se ao longo do tempo uma importante cidade do novo reino de Portugal.

No século XIII a Rainha Santa Isabel auxilia o Mosteiro de Santa Clara, acrescentando-lhe um hospital dedicado á sua tia, Santa Isabel da Hungria.
Com a mudança da Universidade de Lisboa para Coimbra, em 26 de Fevereiro de 1308 a importância da cidade cresce. Regressa a Lisboa em 1338 por ordem de Afonso IV. 16 anos depois (1354) muda-a de novo para Coimbra. Em 1377 D. Fernando muda-a de novo para Lisboa. A transferência definitiva só se efectuou em 1537 por D. João III.
A verdade é que a universidade deu a Coimbra o seu estatuto, ainda hoje quando se fala na Universidade, vem á ideia a cidade de Coimbra.
Aqui a Rainha Santa entregou a sua vida á dedicação aos mais pobres, e a pacificar os parentes desavindos.

Em 1385 aclamou o Mestre de Avis como rei de Portugal, e durante a Guerra da Restauração o povo de Coimbra foi lutar nas campanhas do Alentejo.
Nas Invasões Francesas Coimbra sofreu o saque, principalmente das tropas de Massena.
Com a extinção da ordens religiosas são extintos os colégios universitários, e convertidos em escolas primárias, quartéis militares, teatro, hospitais, oficinas, governo civil, repartição de finanças, estação telegráfica, asilos, repartições publicas, liceus, colégios particulares, associações e residências particulares e tribunal.
A sua Sé Velha foi catedral de Coimbra desde a fundação de Portugal até 1772, quando é transferida para a Igreja do Colégio da Companhia de Jesus (a Sé Nova).
   

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