O terramoto de Lisboa continua a ser o maior da história da
Europa. Foi no dia de Todos-Os-Santos do dia 1 de Novembro de 1755. A vaga chegou ás
Caraíbas na noite desse dia fatídico. O choque foi sentido na Alemanha e na
Suiça.
O seu epicentro foi junto ao Cabo de São Vicente, tendo
atingido primeiro o Algarve de forma devastadora, depois o Alentejo e Lisboa,
por volta das 9.30 da manhã.
As 56 igrejas da capital estavam cheias de gente.
Durante 2 minutos a terra tremeu com tal intensidade que apenas
5 delas ficaram de pé.
Segue-se um segundo sismo que sufocou a cidade de pó.
O maremoto invade a baixa da cidade, matou tanta gente
quanto os abalos sísmicos. As velas acesas nas igrejas desencadearem um
incêndio gigantesco, queimando tanto vivos como mortos debaixo dos escombros.
Mantiveram-se acesos durante 6 dias.
Ao fim do dia 17 000 dos 20 000 edifícios da capital tinham
desaparecido. Das 240 000 pessoas da cidade na altura, 10% morreram. Desses 2
terços tiveram morte imediata, tendo os restantes morrido devido a quedas
posteriores de edifícios, inundações, incêndios, assassínios e feridas
infectadas.
A igreja aproveita o facto para culpar os pecadores pelo
sucedido, mas o maior deles, o rei D. José sobrevive.
O seu jovem ministro, Sebastião de Carvalho e Melo, futuro
Marquês de Pombal, toma as rédeas do poder. Os homens válidos forma proibidos
de abandonar a cidade, os soldados forma destacados para remover os corpos,
atá-los a pedras e depois atirados ao rio. Os alimentos dos barcos dos portos forma
requisitados, e foi proibido o aumento dos preços. Forma julgados e executados
aqueles que se dedicaram á pilhagem e á usura.
Usa a propaganda como instrumento político. Escreveu, sob
pseudónimos, obras elogiosas ao seu trabalho e a seu respeito. É-lhe atribuída
a reconstrução de Lisboa, mas é único o relato sobre tal feito, e de sua
autoria, não tendo permitido outros.
Diz-se que utilizou chantagem junto á nobreza para chegar ao
poder, pois trabalhou nos arquivos gerais do estado, onde obteve muita informação
confidencial.
Os seus 2 casamentos foram escolhidos “a dedo”. Conquistou a
aristocracia por casamento.
Retira o poder á igreja tornando-se ele próprio o chefe da
Inquisição.
No processo dos Távoras manipulou tudo e todos. A única
poupada foi a ex-amante do rei. Este assinava de cruz tudo o que o Marquês lhe
dava a assinar.
Deu o usufruto do negócio do Vinho do Porto a seus eleitos,
prendendo os que se opuseram e enforcando 18 deles. Ao juiz que se ilibou
demiti-o e confiscou-lhe os bens. Invadiu o Porto e obrigou os habitantes a
alojar os soldados e a pagar-lhes o salário.
Lisboa foi reconstruída não por Pombal, mas por Manuel da
Maia. O Pombalino é de Eugénio dos Santos.
No entanto os dias de opulência do ouro do Brasil estavam a
chegar ao fim. Os preços do açúcar e do tabaco descem a pique. Os impostos
subiram e o comércio na capital decresce, de tal modo que a reconstrução total
da cidade só acontece anos depois da morte de Pombal.
Pombal obriga as pessoas a ocupar os bairros reconstruídos,
mandando incendiar os entretanto construídos. Baptiza o Terreiro do Paço como
Praça do Comércio, mandando colocar a estátua de Dom José.
Pombal ao perceber que os comerciantes judeus podiam
ajudá-lo a conseguir dominar o quase total controlo do comércio por estrangeiros,
extingue a inquisição, passando a tribunal régio. Mandou destruir os ficheiros
das acusações contra os judeus e convida os que saíram a regressar.
Cria a primeira região demarcada de vinhos do mundo, a do
Douro, só sendo permitido o seu cultivo, com excepção das terras do próprio
Pombal, nos arredores de Lisboa.
Os conflitos entre o Marquês e os Jesuítas começam aquando
das negociações das fronteiras do Brasil.
10 Padres jesuítas foram as últimas vítimas de autos-de-fé em Portugal. Os seus bens
foram para a mão do próprio Marquês. Pombal ameaçou o papa de invadir o
Vaticano caso ele não extinguisse a ordem, O seu sucessor fez-lhe a vontade.
Os jesuítas tinham ensinado a mais alta elite cultural e
instruída de Portugal, a Universidade de Coimbra foi varrida da sua influência.
Padres forma deportados para as colónias.
Após a morte do rei D. José, em 1777, Pombal viu-lhe o
tapete a fugir debaixo dos pés. A rainha, a primeira mulher monarca de
Portugal, e que tinha sido injustamente acusada pelo próprio Marquês de Pombal
de ser mentalmente instável.
Pombal tinha deixado o país sem dinheiro, sem vias de
comunicação, com um exercito e marinha sem meios.
Morreu em desgraça e odiado por quase todos.
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