Lisboa está situada na margem direita do rio Tejo, próximo
da sua foz, ocupando várias colinas e planaltos.
Vista do rio, a cidade parece um anfiteatro.
O rio dá-lhe a sua luz especial e única.
A 1 de Novembro de 1755 o centro da cidade foi completamente
destruído pelo grande terramoto, que originou um tsunami e um incêndio
gigantesco que durou 6 dias.
As ruínas foram demolidas e o centro foi totalmente
reconstruído, com a imagem que hoje se vê.
Na pré-história aqui desaguavam as ribeiras de Santo Antão e
de Arroios.
Quando os romanos aqui chegaram já o assoreamento era muito
vincado. Por isso a ocupação foi descendo da colina do castelo para a zona da
baixa. Os vestígios arqueológicos são prova disso: O Teatro dedicado a Nero, as
Termas dos Augustais, um cais junto á igreja de São Domingos e o Circo Romano.
Os muçulmanos fortificaram o castelo, ai instalando o seu
palácio e uma mesquita.
Aquando da conquista cristã, os que ficaram forma
recolocados no hoje bairro da Mouraria, e os judeus em 3 bairros, sendo um
deles Alfama.
Em 1373 o rei D. Fernando manda construir nova cerca, a
Fernandina, 6,6 vezes maior do que a velha, abraçando o novo convento dos
Agostinhos de São Vicente (1217), a igreja dos Santos Mártires, os dominicanos no
Rossio (1240) e os carmelitas do Convento do Carmo (1389).
Em 1492 é construído o Hospital de Todos-os-Santos no
Rossio.
No fim do século XIII a capital tinha cerca de 20 000
habitantes.
No século XVI D. Manuel I manda construir o Paço da Ribeira,
e é edificada a Casa dos Bicos.
Neste desenho da cidade destacam-se dois espaços, o Rossio e
o Terreiro do Paço.
Os terramotos de 1531, 15551 e 1597 levaram á modificação
parcial da baixa.
Com a expulsão dos judeus, os seus bairros foram absorvidos
pela Baixa (1496-98).
No século XVI surge o bairro do Alto de São Roque (hoje
Bairro Alto), o primeiro fora de muralhas a ocidente, com traçado regular.
Lisboa tem na altura 80 000 habitantes.
Filipe I de Portugal (II de Espanha), permanece ano e meio
em Lisboa e remodela o Paço da Ribeira, construindo o torreão Oeste, tal como
vários palácios e conventos (22 entre 1554 e 1620, e 44 até 1745).
No século XVII alargou-se a rua dos Ourives da Parta (1680),
para a passagem dos coches na baixa, tendo sido demolidas 26 casas, o que
proporcionou a circulação diária entre a baixa, a Sé e o Mosteiro de São
Vicente de Fora.
Foram abertas duas novas ruas, a de São Boaventura e a Nova
do Almada.
Na época de D. João V, Lisboa foi embelezada com talha
dourada e azulejos.
Inaugurado o Teatro do Tejo durou poucos meses, sendo
demolido pelo terramoto de 1755. Tal como o esplendor da cidade, tal era a sua
riqueza.
O Aqueduto das Águas Livres começado em 1732 e finalizado em
1749, foi dos poucos que resistiu ao cataclismo.
Na altura do terramoto viviam na cidade cerca de 200 000
habitantes (avaliados pela taxa criada para a construção do aqueduto).
Manuel da Maia faz um cuidadoso levantamento topográfico da
cidade entre 1713 e 1718, que serviu mais tarde para orientar a reconstrução da
cidade.
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