domingo, 1 de abril de 2012

A união com Castela


D. João III tentou evitar a todo o custo o descalabro em que o regime colonial-maritimo português se precipitava. Mandou para a Índia D. João de Castro, discípulo de Pedro Nunes, que era cosmógrafo e meteorologista, com o intuito de destruir a armada turca que ameaçava as possessões portuguesas.
Embora não fosse possível levar os navios grandes ao Suez, a empresa teve sucesso.
Começa o seu governo da Índia em 1544, mas embora austero e competente, já não consegue suster o descalabro eminente.

Com a morte do primogéneo de D. João III, em 1514, trás anos antes do monarca, o reino vai parar ás mãos de D. Sebastião, o que resultou no desastre de Alcácer-Quibir, provocado pela insensatez do monarca.
Sobe assim ao trono o caquéctico cardeal D. Henrique, e Portugal com 7 pretendentes ao trono, sendo o mais forte (em poderio militar), o rei de Castela.
Opõe-se Febo Moniz e o Prior do Carto D. António, que ainda foi proclamado rei em Santarém.
O Duque de Alba invade Portugal pelo Alentejo, derrota as tropas de D. António (que foge para França), e Felipe II foi proclamado rei de Portugal em Agosto de 1580, como Filipe I de Portugal.
Em 15 de Abril de 1581 reúne as cortes em Tomar. Ali institui a monarquia dualista, em que os dois reinos não se uniam politicamente, mas se manteriam com os mesmos poderes, distintos. Assim se manteve até seu neto, Filipe IV (III de Portugal) ter quebrado esse acordo, o que provocou a revolta dos portugueses.
D. António ainda tentou em Julho de 1582, fazer uma revolução nos Açores mas fracassou, e não consegue o auxílio dos ingleses.

Como D. Sebastião desaparecera sem deixar rasto em Alcácer-Quibir, muitos ainda esperavam que ele viesse salvar a pátria, o que deu azo a muitos falsos D. Sebastião.
A união com Castela fez de Inglaterra e da Holanda nossos inimigos. Os ingleses vencem “a invencível armada”, e em 1595 Francis Drake saqueia Faro.
Os holandeses atacam o Oriente, por causa do fecho do porto de Lisboa aos seus barcos, em 1579 eles estabelecem-se em Java, em 1601 expulsam os portugueses de Malaca, em 1607 conquistam-nos as Molucas e Samatra, em 1617 fundam Batávia e tomam vários portos na Índia e no Ceilão.
Os ingleses saqueiam Pernambuco no Brasil em 1594, destroem o forte de Arguim em Africa em 1595, devastam os Açores em 1597, infligem-nos uma derrota em Sumatre em 1615, e em 1622 auxiliam os persas na tomada de Ormuz.
Os holandeses também nos atacam no Brasil, na Baia, em investidas sazonais. Em 1637 a Companhia Holandesa das Índias Orientais estabelece-se no Recife, sob o comando do conde Maurício de Nassau.

Mas em 1640 dá-se a revolução em Portugal. No dia 1 de Dezembro. Na conspiração portuguesa teve papel importante João Pinto Ribeiro. Nesse dia os fidalgos conspiradores juntaram-se no Terreiro do Paço, degolaram os guardas, mataram 3 dos responsáveis pelo governo de Castela, prenderam a Duquesa de Mântua que era governadora de Portugal, e fizeram revoltar o povo.
No dia 15 o duque era coroado na Sé de Lisboa.
Pelo tratado de 1 de Junho de 1641, a França não fazia as pazes com Espanha, sem que esta reconhecesse Portugal como estado independente. A 7 de Agosto entra uma esquadra francesa no Tejo e a 10 de Setembro uma holandesa.
A 29 de Agosto eram executados os fidalgos conspiradores do 5 de Agosto, contra o novo rei D. João IV (incluindo o Marquês de Vila Real e o Duque de Caminha), e prsos com prisão perpétua, o Arcebispo de Braga e o inquisidor-mor.
Em 1643 é o próprio secretário de estado, Francisco de Lucena, condenado á morte por conspiração.
A 26 de Maio de 1642, sob o comando de Matias de Albuquerque, é vencido o exército castelhano no Montijo.

Morreu em 1656 D. João IV, sendo sucedido por D. Afonso VI, fraco intelectualmente.
Bem coordenados venceu-se os castelhanos nas Linhas de Elvas em Janeiro de 1659.
Parente as vistorias sucessivas, França uniu a princesa Maria Francisca Luísa Isabel a D. Afonso VI, mas esta apaixona-se pelo cunhado D. Pedro, que prende o rei e toma conta do poder, tornando-se D. Pedro II.
Em 1674 tentou-se uma instauração do rei deposto, mas forma executados. O ex-rei D. Afonso VI foi levado dos Açores para Sintra onde morreu em 1683.

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