No dia 24 de Junho comemora-se o nascimento de São João Baptista.
Fernão Lopes na crónica de D. João I já fala na celebração do São João do Porto.
No entanto só depois da Republica, o dia de São João foi tornado feriado municipal.
Nasceu de uma iniciativa do Jornal de Noticias, que fez um referendo em 1911: 6 565 votos para o 24 de Junho, contra 3 075 para o 1º de Maio.
Já no século XIX haviam cascatas joaninas, que são uma reinterpretação dos presépios, mas com os santos populares em vez da sagrada família.
Juntaram-lhes alhos-porros, hoje martelos, manjericos e as fogueiras. Diz a tradição que saltar a fogueira em numero ímpar de vezes protege todo o ano.
Comem-se sardinhas assadas, fêveras, caldo verde e o bolo de São João (um pouco em desuso), com frutas cristalizadas, nozes, amêndoas, licor, rum conhaque e leite.
Começou por ser feita só no centro, mas hoje espalhou-se por toda a cidade.
Dança-se toda a noite e enche-se o ar com balões de papel. Tudo isto na noite de 23 para 24.
Dia 24 é dia de descanso, com banho nas praias do Douro, que diz a tradição, purifica e vale por nove.
Aliás a água é a ligação do São João a Jesus, pois foi ele que o baptizou no rio Jordão.
As moiças casadoiras colocam na véspera, papeis dobrados com o nome dos pretendentes, numa taça com água. No dia seguinte, dia 24, o que estiver mais aberto, será o que ganhar o seu amor.
É assim o São João.
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