quarta-feira, 19 de maio de 2010

Doces de Alcobaça

Os doces conventuais nasceram um pouco por todo o país, pelas mãos das freiras e frades com açúcar, ovos, amêndoas e muito tempo e paciência, divina com certeza.
E depois o que haveriam de fazer com as gemas que sobravam, pois as claras eram usadas para engomar os hábitos? E com as ofertas das populações de açúcar, cereais e amêndoas?
As religiosas souberam combinam os ingredientes e juntaram-lhes imaginação e especiarias ou frutos.


Registavam as suas receitas, que eram guardadas sigilosamente.
Assim aconteceu no Convento de Cós, fundado pelo abade D. Fernando, no século XII, perto de Alcobaça.
Destinava-se a acolher viúvas e mais tarde as segundas filhas da nobreza.
Ao longo de séculos mantiveram as suas receitas em secretismo. Mas a abolição das ordens religiosas veio alterar a situação. No entanto muitos segredos ainda se mantém com quem os detém, pois o segredo é a lama do negócio.


Os doces são feitos "á mão", desde a Cornucópia de Ovos-Moles (massa muito fina, frita em azeite e enrolada em espiral) ás Rabanadas com recheio.


Falta de imaginação não lhes faltava!

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