A cidade tem origem romana, situada entre Olissipo e Brácara
Augusta, a quem ligava a estrada imperial. Foi depois baptizada de Nabância
pelos suevos em 570, e depois visigótica. Os árabes tomaram-na em 716.
So depois de 1147, com D. Afonso Henriques e os Templários
voltou a ganhar importância. Gualdim Pais, mestre da ordem instalou-se no alto
do morro. Passou depois para a Ordem de Cristo.
A vila em baixo foi-se desenvolvendo á sombra do convento. Só
em 1529 quando a ordem passou a conventual é que a vila passou a ser mais
independente dos frades.
Só no século XVI é que Tomar passa para o outro lado do rio
Nabão.
A Igreja Matriz é dedicada a São João Baptista, das mais
antigas de Tomar, reconstruída no século XVI. Os portais são do melhor gótico flamejante
português. No interior as boas arcadas que separam as naves, o púlpito em
desenho flamejante raro em Portugal, a capela-mor de cruzaria ogival, o retábulo-mor
pintado por Gregório Lopes e de que restam 6 pinturas, actualmente nas paredes
laterais: A missa de São Gregório, a Ultima Ceia, Abraão e Melquibezeque, a
Apanha do Maná, a Degolação de São João Baptista, e a Apresentação da Cabeça a
Herodes.
A Sinagoga é um dos sinais da importante comunidade judaica
que aqui existiu. A estrutura está intacta, tendo sido fechada aquando das
proibições de D. Manuel I, sendo depois uma cadeia, uma capela e um celeiro.
Tem 9,5 por 8
metros , abóbada de tijolo em aresta viva, suportado por
elegantes pilares com apiteis decorados, tal como as misulas laterais. Pensa-se
datar de 1460. O chão do templo está abaixo do nível da rua.
O sistema acústico era feito por bilhas que se encontravam
em alvéolos nos cantos da sala.
O Convento de Cristo é do Século XII, e foi erguido no
castelo quando os Templários vieram vindos do Morro de Ceras. Foi neste local
que as tropas de Gualdim Pais lutaram contra Al-Mansur em 1190.
A Igreja é um octógono rodeado por um deambulatório delimitado
por um polígono de 16 lados.
Á sua volta as dependências conventuais, sendo os claustros
da lavagem e do cemitério de 1319, da época em que o Infante D. Henrique era
administrador da ordem. O primeiro tem dois andares, mas o segundo embora mais
pequeno é mais rico e tem o túmulo de D. Diogo de Gama, manuelino.
A Charola foi alterada nesta época manuelina, com esculturas
de madeira policromadas, 17 ao todo com 2 metros de altura, representando
Nossa Senhora, São João Evangelista, apóstolos, doutores da igreja e profetas.
A Fachada é de um naturalismo barroco nunca visto, numa
homenagem ao rei D. Manuel I. A famosa janela do Claustro real é de traçado
hiper-naturalista.
O antigo cadeiral foi destruído pelas tropas francesas
aquando das invasões napoleónicas, e que restam apenas 2 anjos que sustentam os
escudos com as armas de Portugal, e da Ordem de Cristo.
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