Vasco Fernandes, mais conhecido por Grão Vasco, é um dos
pintores mitos de Portugal. Nasceu e viveu quase sempre na sua cidade, e foi
aqui e na cidade de Lamego que teve mais encomendas de mecenas ricos, mas
existem trabalhos seus em toda a Beira Alta, Alto Douro e sul de Trás-os-Montes.
D. Miguel da Silva, que participou numa embaixada do rei D. Manuel
I ao Vaticano, torna-se mecenas de Grão Vasco, e transmite-lhe os valores
renascentistas, que o pintor introduz na arte portuguesa.
A Sé Catedral de Viseu tem abóbadas de nós que unem as 3
naves do templo, num arrojo construtivo, as nervuras transformam-se em cordas
com grossos nós. O claustro é um dos mais notáveis do renascimento português.
Os azulejos, talha e imaginaria são essencialmente dos séculos XVII e XVIII. No
altar-mor a imagem gótica da Virgem com o Menino que veio do retábulo manuelino
para o barroco.
Num anexo o museu do pintor Grão Vasco, um dos mais ricos do
país.
A cidade de Lamego é importante desde os visigodos no século
VII, tendo até aqui sido cunhada moeda. Foi depois ocupada pelos mouros, sendo
reconquistada por Fernando Magno em 1057, e sido elevada a diocese em 1071. Egas
Moniz, aio do rei D. Afonso Henriques, veio trazer desenvolvimento á região. O
foral foi dado em 1191 por D. Sancho I.
A catedral é do século XI mas o que se vê hoje é posterior. A
nova fachada é manuelina com 3 belos portais de traça tardogótica que datam de
1508. Manuelino é também parte do claustro de 1524.
Em Tarouca da antiga Abadia de São João, resta apenas a
igreja de fundação românica. Fundado em 1154, foi concluído em 1169. A igreja tem
cabeceira com 3 capelas, transepto largo e saliente, e 3 naves cobertas por abóbadas
de arco quebrado. Guarda o imponente túmulo de D. Pedro, Conde de Barcelos, um
dos mais imponentes do século XIV, interessantes painéis de azulejos, talha e
imaginária, além da sua notável colecção de pintura quinhentista de Gaspar Vaz,
discípulo de Grão Vasco.
Em Ucanha uma das mais belas pontes portuguesas, sobre o Rio
Varosa, construída a mando do abade D. Fernando no século XV, e que tem torre
de defesa e portagem, com quase 9 metros de lado e tabuleiro em cavalete.
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