sábado, 18 de outubro de 2014

O Manuelino entre o Lis e o Mondego

O Mosteiro de Santa Maria da Vitoria, é mais conhecido como o Mosteiro da Batalha, devido a estar localizado nesta vila, e foi mandado erguer por iniciativa de D. João I, que foi construído como agradecimento pela vitória na Batalha de Aljubarrota.
Começou a ser construído em 1389 sob as ordens do mestre Afonso Domingues. É o mais imponente edifício gótico português, constituído pela igreja, a capela do fundador, os dois claustros, a sala do capítulo, o refeitório, o dormitório e outros pequenos anexos.
Aqui está a enorme arca funerária de D. João I e D. Filipa de Lencastre, os túmulos dos príncipes de Avis (D. Henrique, D. João II, D. Afonso I, o magnifico portal axial, e as capelas imperfeitas, que marcara, quase o fim do período manuelino, e que a morte do rei D. Manuel I em 1521 veio a cancelar a empreitada.

A caminho de Coimbra, a cidade de Pombal, muito importante nos primeiros anos de Portugal devido á sua localização, a sul do Rio Mondego e na fronteira com o reino muçulmano.
O castelo é de 1161 mandado erguer por Gualdim Pais, mestre dos Templários, passando em 1319 para a Ordem de Cristo.
D. Manuel I restaurou-o e deu foral á vila em 1512.

Redinha foi outra povoação que esteve na posse dos Templários, e que aqui construíram uma fortificação, aliás o seu primeiro foral foi mesmo dado por Gualdim Pais em 1159, que mandou reconstruir o pequeno castelo e a ponte românica.
A Igreja Matriz românica é profundamente alterada na época manuelina, com decoração naturalista do início das construções deste tipo.

Soure foi povoação romana, sendo depois visigótica. Ganhou importância no século XII por ter sido local de fronteira entre o norte cristão e o sul muçulmano.
O castelo é do tempo dos árabes, sendo reconstruído no século XV por ordem do Infante D. Henrique, e 500 anos depois por D. Manuel I.
A Igreja de São Tiago é a matriz da vila, e foi construída por vontade de D. Manuel I em 1490, quando ainda não era rei. Do original só restam as arcadas que dividem as naves, e duas lápides com as armas do então Duque de Beja.

Ega era uma povoação de linha de defesa a sul do Mondego. D. Manuel I concedeu-lhe foral em 1514.
O Paço dos Comendadores está bastante arruinado mas ainda mantêm as portas e janelas manuelinas. O Pelourinho tem a sua coluna rematada por uma pinha.

Não muito longe está a Igreja Matriz, reformada no século XVI, acabada por Diogo de Castilho por morte em 1521 de Marcos Pires. Tem belo portal manuelino com colunas torsas, capela-mor com arco triunfal naturalista debruado por colunas e arquivoltas torsas, altar com um tríptico de 1543, e com o retrato de D. Afonso de Lencastre. 

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