terça-feira, 23 de setembro de 2014

Pelos caminhos do mar: Amigos de Peniche

Peniche já foi uma ilha, e a sua ocupação é muito antiga, mas nasce do declínio de Atouguia da Baleia que tinha castelo e porto marítimo, e que no século XIV começa a assorear.
Em 1557-8 no sítio do Alto da Vela é construído o torreão circular, já como defesa da costa.
Sendo terra de pescadores é normal haver locais de culto religioso. As igrejas da Conceição e da Ajuda tem magníficos azulejos setecentistas historiados. A Igreja de São Pedro vale pela fachada.
A jóia da coroa é a Igreja da Misericórdia, com o seu tecto de caixotões com cenas do evangelho e tábuas pintadas por Josefa de Óbidos.
A caminho do cabo Carvoeiro, o Santuário dos Remédios com a sua capela abaixo do solo e com azulejos.

Atouguia da Baleia perdeu a importância mas não o património valioso. A igreja matriz é dedicada a São Leonardo.
O seu porto era tão importante que havia aqui uma colónia de judeus com Rabi. Mas a catedral é magnífica com apontamentos de gótico e manuelino. Os portais são de calcário amarelo em parte moldado pelos ventos e humidade marítima. No interior tábuas quinhentistas e uma natividade esculpida na parede do templo.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição é dos finais de seiscentos. As duas torres sineiras contrastam como o corpo da igreja que é branco.

Em frente a Peniche o arquipélago das Berlengas.
Do mosteiro Jerónimo mandado edificar pela rainha D. Maria, mulher de D. Manuel I, só resta a história.
A fortaleza de São João Baptista continua de pé, e possivelmente com restos do antigo convento. Imponente tem no portal uma lápide que diz ter sido o Marquês de Fronteira a dirigir os trabalhos, por ordem do príncipe D. Pedro.


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