sexta-feira, 3 de maio de 2013

Lamego


Não admira que os Celtas escolhessem este lugar para fundar uma povoação.
A qualidade das águas, a fertilidade das terras, a beleza da região, tudo era propicio á criação de uma vila.
Ao castro deram o nome de Lacomimurgi e tornaram-no cidade, já muito populosa.
Quando os romanos aqui chegaram, erguem muralhas e torres.

São Martinho de Dume chega aqui em 556 e converte Charrarico, rei dos Suevos e senhor do Nordeste Peninsular até ao Mondego, ao catolicismo. Funda um mosteiro e torna-se o primeiro bispo de Lamego sob a alçada do rei Teodumiro.
Nos Concílios de Lugo (569), já participa o 1º bispo de Lamego, bem como no de Braga em 572.
Em 585 chegam os Visigodos, mas quatro anos depois são também convertidos.
Arrasada em 987 pelo muçulmano Almançor, renasce com mais poderosas muralhas, e é transformada em valiato árabe, aumentando a sua importância.

Fernando magno, rei de Leão e Castela, liberta-a definitivamente dos árabes, mas mantêm o seu governador Echa Martim. Convertendo-o ao cristianismo. Restaura-se o bispado, mas só em 1144 fica fixo em Lamego.
Em 1102 é entregue o governo de Lamego a Egas Moniz, que aqui cria com sua mulher D. Teresa Afonso, os filhos do nosso primeiro rei.
Em 1292 recebe carta de feira concedida por D. Dinis.

Na crise de 1383-85 a mãe do alcaide, Gonçalo Vasques Coutinho, ameaça o filho que se não toma o partido de D. João, Mestre de Avis, se suicida á sua frente. O alcaide conhecedor do forte carácter da sua progenitora, recua no apoio a D. Beatriz, rainha de Castela.
As sucessivas concessões á nobreza agravam a situação da cidade, que no reinado de D. Manuel I se encontrava quase abandonada. O governo episcopal de D. Manuel de Noronha no século XVI (segunda metade) recupera a cidade mas viria a sofre novo revés com o domínio filipino, por ter estado ao lado de D. António, prior do Crato.
No entanto no século XVIII o progresso e a riqueza fazem de Lamego uma terra próspera.

As Invasões Francesas não foram especialmente duras para a cidade. Conta-se que na segunda invasão, o bispo D. João Pincio foi ao encontro do famigerado Loison, e consegui demove-lo de saquear a cidade.
Fiel á causa nacional, a cidade viveria as tragédias das lutas liberais e da implantação da republica. 

1 comentário:

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.