quarta-feira, 1 de maio de 2013

Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa


Dizem que a cidade nasceu na modesta Povoa de Mileu, singela capela românica. Posteriormente colocada numa das rotas de Santiago. Local de variados achados arqueológicos da Idade do Ferro e do período românico, é certo que é muito anterior á fundação de Portugal.
No entanto é no alto que ficam os principais monumentos.

È a terceira catedral que hoje é a Sé da Guarda. A primeira foi mandada construir por D. Sancho I perto da Torre do Mirante. Do seu recheio resta a imagem de Nossa Senhora da Consolação hoje no Museu Regional, linda na sua ternura e inocência. Conta a lenda que a imagem era visigótica e que quando dos ataques muçulmanos, ela foi soterrada, e que D. Sancho II sonhara com ela mandado recado ao bispo D. Vicente que a encontrassem e a coloca-se na Sé.
A segunda catedral foi junto á Torre dos Ferreiros, no local onde hoje está a Igreja da Misericórdia. O rei D. Fernando, sempre louco, ordenou o seu derrube por estar fora das muralhas, não a mandando reconstruir dentro das ditas.
Foi D. João I que mandou iniciar as obras da terceira e actual catedral, e que iria tardar a sua construção até ao reinado de D. João III. É uma obra de invulgar beleza com aspecto austero. O seu retábulo esculpido em pedra calcária de Ançã, é uma das mais belas obras do género atribuídas a João de Ruão.

Os Paços do Concelho são do tempo de D. Manuel I.
D. Sancho I concedeu grandes privilégios á cidade e deu-lhe carta de foral em 1199, transferindo para aqui a sede da diocese da Egitânia, que estava em Idanha-a-Velha.
D. Dinis e D. Isabel estiveram aqui em lua-de-mel.
Em 1384 o bispo D. Afonso Correia entrega as chaves da cidade a D. Beatriz, mas o seu alcaide Álvaro Gil Cabral fecha-se no castelo e mantêm-no fiel ao Mestre de Avis.

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