sábado, 6 de abril de 2013

A Invicta


Diz Fernão Lopes na crónica de D. João I: “ esta cidade é situada junto ao rio, a que chama Douro, na qual se fazem muitas e boas naus e outros navios, mais que em outro lugar que no reino haja”.
A produção naval portuense contribui decisivamente para as expedições a Ceuta e 20 anos depois a Tanger. Isso deve-se ao carácter das gentes da cidade e á sua vocação para o comércio e a indústria.
Não foi por acaso que nasceu aqui o Infante D. Henrique.

Forte é a “cidade-cascata”, precipitando-se sobre o rio, com as casas sobre as encostas.
Quem a vê de Gaia, vê imensas casas destacando-se o rio, as pontes e os seus monumentos. Os jardins e parques da cidade rematam-lhe a beleza.
Já em 1521 o rei D. Manuel I manda que no bairro da Sé se fizesse a rua das Flores, que mais tarde se transforma na de Santa Catarina, perdendo os jardins.

Em 1757 é criada a Companhia Geral da Agricultura e Comercio das Vinhas do Alto Douro pelo Marquês de Pombal, que lhe dava o exclusivo da venda de vinho maduro na cidade e arredores.
O povo revoltado subleva-se contra a medida, e o Marquês, ditador como sempre, manda as tropas reprimir a população. Dos muitos presos, 300 foram condenados, desde o enforcamento, a irem para as galés, ao degredo, confiscação dos bens, bem como 17 crianças forma espancadas. Os enforcamentos deram-se na Cordoaria.

Entre os vários privilégios, foi durante séculos proibida a residência no burgo da fidalguia, já nas Cortes de 1398 em Coimbra se menciona tal facto, e que D. Manuel I revogou permitindo a residência mas com regras.
Assim durante o século XVI começou a vinda de nobres para a cidade.
Em 1583 o Porto só tinha uma freguesia, em 1757 eram apenas cinco.
A vinda das gentes de Ovar formaram a Cedofeita.
Nos fins do século V já se conhecia Portucale (Cale de pedra, rocha, elevação rochosa).
No século XII passa a designar-se Portus. A condessa D. Tareja doa o burgo á Sé do Porto e a seu bispo. Desde então começaram as más relações entre os bispos portuenses e as gentes da cidade.

D. João I ficaria ligado á cidade, que o apoia na crise 1383-85, vindo aqui casar com D. Filipa de Lencastre.
As Invasões Francesas e a Guerra Civil foram entraves ao crescimento da cidade.

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