Ramiro II, rei de Leão entre 931 e 951, recebe o trono
devido á abdicação de seu irmão Alfonso que segue a vida monástica. Arrependido
decide recuperar o trono, mas Ramiro manda-o cegar, mais uns primos que o
acompanharam.
O homem vestido de peregrino que toca uma trombeta é este
rei.
Certo dia ao sair de Viseu, Ramiro encontra Zahara, irmã do
rei Alboazar de Gaia, rapta-a e toma-a como mulher. Em represália o mouro veio
raptar D. Urraca, a esposa abandonada de Ramiro. Raivoso D. Ramiro vai a Gaia
onde se apresenta vestido de peregrino, onde é preso por denúncia da sua mulher
D. Urraca. Os cavaleiros de D. Ramiro atacam o castelo e D. Urraca foge mas é
alcançada pelo marido que a degola e atira-a ao rio Douro e diz: “Mira Gaia,
que esses olhos, não terão mais que mirar”, dai o nome de Miragaia.
Viseu foi povoação fortificada romana, já ligada á lenda de
Viriato. Os romanos tornaram-na cidade.
No primeiro concilio de Braga assiste já um bispo de Viseu,
em 561, sendo seguro que no segundo concilio em 572 estava o bispo Remisol de
Viseu.
No Século VII nos concílios de Toledo, a presença de bispos
de Viseu foi uma constante. Viseu dependia de Braga, a única cidade da Galiza
durante o domínio suevo.
Com os Visigodos a sede episcopal passa para Mérida.
Durante a reconquista cristã Viseu andou de mão em mão,
tendo Almançor demorado em Viseu, tendo matado o rei Alfonso V num inútil
assalto. Foi seu genro, Fernando Magno, rei de Castela, Leão e Navarra que
recuperou definitivamente a cidade em 1058 e que em 1064 chegaria ao Mondego.
Com a fundação do Condado Portucalense fica a pertencer a D.
Henrique e D. Teresa. Sendo na altura cidade pobre foi governada por priores,
sendo um deles D. Teotónio, fundador em Coimbra o Mosteiro de Santa Cruz. Cinco
séculos depois a cidade recebe relíquia do santo e declara-o padroeiro. Está no
tesouro da Sé.
Os condes erguem nova sé e D. Teresa dá a primeira carta de
foral á cidade, renovada pelos reis D. Afonso Henriques e D. Sancho I (seu
filho e neto).
Recupera bispo com D. Odório após a fundação de Portugal,
tendo em 1199 voltado ao domínio da arquidiocese de Braga.
D. Dinis remodela a catedral dando-lhe o aspecto de
fortaleza.
Viseu sofre com a insensatez das políticas de D. Fernando,
sendo alvo fácil dos ataques castelhanos.
D. João I institui a feira franca anual em Viseu em 1392 e
que ainda se realiza hoje, a Feira de São Mateus. Aqui demorou o rei, e aqui
recebeu baptismo o seu filho e futuro rei D. Duarte, e faz seu alcaide o seu
outro filho o Infante D. Henrique.
Os reinados de D. Manuel e D. João III forma brilhantes para
a cidade em termos de arte e arquitectura, destacando-se Vasco Fernandes, o
mestre Grão Vasco.
Os séculos XVII e XVIII forma de alargamento e construção de
notáveis edifícios religiosos e civis, na maioria barrocos.
Sofreu duramente as guerras da Restauração e a Guerra Civil,
mas recupera sempre.
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