quarta-feira, 3 de abril de 2013

A Cava do Viriato


Ramiro II, rei de Leão entre 931 e 951, recebe o trono devido á abdicação de seu irmão Alfonso que segue a vida monástica. Arrependido decide recuperar o trono, mas Ramiro manda-o cegar, mais uns primos que o acompanharam.
O homem vestido de peregrino que toca uma trombeta é este rei.
Certo dia ao sair de Viseu, Ramiro encontra Zahara, irmã do rei Alboazar de Gaia, rapta-a e toma-a como mulher. Em represália o mouro veio raptar D. Urraca, a esposa abandonada de Ramiro. Raivoso D. Ramiro vai a Gaia onde se apresenta vestido de peregrino, onde é preso por denúncia da sua mulher D. Urraca. Os cavaleiros de D. Ramiro atacam o castelo e D. Urraca foge mas é alcançada pelo marido que a degola e atira-a ao rio Douro e diz: “Mira Gaia, que esses olhos, não terão mais que mirar”, dai o nome de Miragaia.

Viseu foi povoação fortificada romana, já ligada á lenda de Viriato. Os romanos tornaram-na cidade.
No primeiro concilio de Braga assiste já um bispo de Viseu, em 561, sendo seguro que no segundo concilio em 572 estava o bispo Remisol de Viseu.
No Século VII nos concílios de Toledo, a presença de bispos de Viseu foi uma constante. Viseu dependia de Braga, a única cidade da Galiza durante o domínio suevo.
Com os Visigodos a sede episcopal passa para Mérida.

Durante a reconquista cristã Viseu andou de mão em mão, tendo Almançor demorado em Viseu, tendo matado o rei Alfonso V num inútil assalto. Foi seu genro, Fernando Magno, rei de Castela, Leão e Navarra que recuperou definitivamente a cidade em 1058 e que em 1064 chegaria ao Mondego.
Com a fundação do Condado Portucalense fica a pertencer a D. Henrique e D. Teresa. Sendo na altura cidade pobre foi governada por priores, sendo um deles D. Teotónio, fundador em Coimbra o Mosteiro de Santa Cruz. Cinco séculos depois a cidade recebe relíquia do santo e declara-o padroeiro. Está no tesouro da Sé.
Os condes erguem nova sé e D. Teresa dá a primeira carta de foral á cidade, renovada pelos reis D. Afonso Henriques e D. Sancho I (seu filho e neto).
Recupera bispo com D. Odório após a fundação de Portugal, tendo em 1199 voltado ao domínio da arquidiocese de Braga.

D. Dinis remodela a catedral dando-lhe o aspecto de fortaleza.
Viseu sofre com a insensatez das políticas de D. Fernando, sendo alvo fácil dos ataques castelhanos.
D. João I institui a feira franca anual em Viseu em 1392 e que ainda se realiza hoje, a Feira de São Mateus. Aqui demorou o rei, e aqui recebeu baptismo o seu filho e futuro rei D. Duarte, e faz seu alcaide o seu outro filho o Infante D. Henrique.
Os reinados de D. Manuel e D. João III forma brilhantes para a cidade em termos de arte e arquitectura, destacando-se Vasco Fernandes, o mestre Grão Vasco.
Os séculos XVII e XVIII forma de alargamento e construção de notáveis edifícios religiosos e civis, na maioria barrocos.
Sofreu duramente as guerras da Restauração e a Guerra Civil, mas recupera sempre.

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