sábado, 10 de novembro de 2012

Pêro da Covilhã


Pêro da Covilhã foi um homem escolhido para uma missão.
O facto de não ter apelido próprio mas o da sua terra natal, a Covilhã, constata o facto de ele ter sido plebeu.
Esteve em Sevilha, onde aprendeu Andaluz, Castelhano e Árabe. Ao fim de 7 anos regressa á corte portuguesa.
Devido ao seu fluente árabe, foi enviado como embaixador várias vezes para o Norte de Africa.

Durante o reinado de D. João II, o comércio de escravos deixou de ser apelativo, por acção da igreja, e pelo crescimento do de ouro.
Consegue uma carta de paz, um acordo de comércio entre o emir de Tlencin, e recupera o corpo de D. Fernando em Fez, e compra cavalos árabes a mando do Duque de Beja.
Com isto aperfeiçoa o seu árabe, e aos 40 anos era cavaleiro da Guarda Real. É chamado pelo rei D. João II para encontrar a rota veneziana das especiarias. É-lhe dado ensinamentos de cosmografia e geografia em Santarém.
A 17 de Maio de 1487, 5 anos antes de Colombo, parte para a América, sai de Santarém a caminho da Índia em direcção a leste, com uma carta de crédito. Segue para Barcelona depois para Nápoles, onde foi recebido pelos Médici, que lhes deram uma passagem para a ilha de Rodes, o ponto mais oriental da cristandade, onde os portugueses tinham construindo um mosteiro fortificado, onde foi hospedado.

Como o papa Júlio tinha avisado Portugal para não encetar relações comerciais com o Egipto, que estava na influência de Veneza, Pêro da Covilhã vai até Alexandria disfarçado de mercador magrebino. Ai foi vítima de uma epidemia. Recuperado foi para o Cairo, sem levantar suspeitas. Foi ali que contactou pela primeira vez com mercadores indianos de especiarias.
Juntou-se a uma caravana que se dirigia para o Iémen, na primavera de 1488. Cinco dias depois chega a Suez.
Ao contrário de Marco Pólo e dos seus companheiros, embarcou num dhow a caminho da Índia. Chega a Calecut no Natal de 1488, capital do reino de Samorim. Dai foi para Goa, e depois para a costa leste de Africa onde chegou ao canal de Moçambique.
Regressa ao Cairo em 1489, onde entrega ao rabino Abraão as informações que recolheu nas suas viagens, e que a levou ao rei D. João II, já em 1490.

Pêro da Covilhã não regressou a Portugal, foi á procura do reino de Preste João.
Em 1439 Santo António foi a Florença e trouxe a notícia de que havia o reino, pensava-se que se situava na nascente do rio Nilo.
Em 1515 ainda Pêro da Covilhã não tinha voltado da sua jornada.

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