terça-feira, 20 de novembro de 2012

Para além da Índia


6 Meses após o regresso de Vasco da Gama, a frota comandada por Pedro Alvares Cabral com 13 navios e 1 200 homens e mantimentos para 18 meses, constituída por marinheiros, soldados, criminosos em condicional, alguns sacerdotes e médicos, parte de Lisboa.
A caminho “descobriu” o Brasil, e no Cabo da Boa Esperança perdeu navios e homens.
Chega a Calecut em Setembro de 1500, sendo bem recebido.
No entanto os muçulmanos atacaram os portugueses, matando 50, incluindo 3 sacerdotes, apreendendo mercadoria e aprisionando homens.
Em represália Pedro Alvares Cabral mandou chacinar os tripulantes de todos os navios árabes que estavam no porto, saquearam os navios, e bombardearam a cidade, navegando para Cochim.

As expedições que se seguiram iam apetrechadas de armas, e bombardearam várias vezes Calecut.
Francisco de Almeida foi o primeiro europeu a ser nomeado vice-rei da Índia.
Cochim foi atacada, mas os portugueses venceram com tal poderio, que nunca mais foram desafiados no Indico.
Um líder hindu pediu aos portugueses para expulsar os comerciantes de cavalos árabes da cidade de Goa. A primeira tentativa foi gorada com um contra ataque de 50 000 soldados muçulmanos que capturaram o forte construído á pressa pelos portugueses.
3 Meses depois novos barcos de guerra vindos de Lisboa fizeram novo ataque. Os árabes fugiram pelo estreito que liga ao continente a ilha de Goa, mas morreram afogados.
Os muçulmanos lançaram novo ataque, mas Afonso de Albuquerque retaliou 8 dias depois. Ficaram até 1961.
Criando a primeira cidade europeia na Ásia, reconstruíram a cidadela e foi construído um estaleiro para embarcações até 900 toneladas, e uma fábrica de munições.
De Portugal veio São Francisco Xavier com franciscanos que adoptaram os costumes e a língua indiana (roupa e comida incluída). Frei João de Brito instalou-se na cidade santa de Madurai, acabou por ser assassinado por fundamentalistas religiosos hindus. Hoje é venerado por jesuítas indianos e pelos hindus.
Os franciscanos introduziram escolas, a tipografia, identificaram as plantas medicinais, sendo ainda hoje utilizadas na farmacologia moderna.

Afonso de Albuquerque incentiva os portugueses a casarem com as mulheres indianas. A ligação de Portugal á Índia ainda é hoje forte.
Para Afonso e Albuquerque eram necessário destruir a rota comercial para Veneza, e para tal sugeriu desviar o rio Nilo do Egipto e capturar o túmulo do profeta Maomé.
Entretanto o senhor de Calecut pede o fim dos ataques á cidade, o que leva á fuga dos mercadores muçulmanos pala Malaca, passando a fazer a rota pelo Mar Vermelho.
No entanto Tristão da Cunha é enviado para Socotorá, á entrada do Mar Vermelho onde construiu um forte.
Os barcos árabes são então desviados para Ormuz, onde depois as mercadorias seguem por camelos até ao Mar Negro, onde esperam barcos turcos que as conduzem até Veneza.
Em 1514 Afonso de Albuquerque ataca Ormuz, e manda construir um forte á entrada do porto, mas os tripulantes dos navios fogem, regressa mais tarde e consegue construir a ambicionada fortaleza. A seguir ataca Malaca, que saqueia e envia o saque a D. Manuel I, mas este afunda-se. Constrói-se uma fortaleza, passando Portugal a controlar todo o comércio do Indico.

Entretanto Fernão Mendes Pinto é capturado na Etiópia pelos turcos onde é vendido como escravo. É depois vendido a um comerciante judeu que o devolve aos portugueses, a troco de um resgate.
Sendo obrigado a alistar-se na marinha, combate em batalhas navais mas foge para Malaca, onde lhe é concedido o posto de embaixador em Samatra.
Navega então para o Mar da China até á Coreia tendo naufragado na costa chinesa, sendo preso e condenado a trabalhar ma muralha da China.
É capturado pelos Tártaros que invadem a China, sendo libertado em troca de ensinamentos nas tácticas de tomar fortes em pedra.
Mendes Pinto parte num junco chinês em Guangdong em direcção a Malaca, mas uma violenta tempestade arrasta-o para o sudoeste do Japão.
Na sua segunda visita ao Japão Mendes Pinto trouxe o japonês Ambiro, que ensina depois São Francisco Xavier os costumes e a língua japonesa.
Mendes Pinto entrega avultados bens aos jesuítas que partem para o Japão, onde são bem acolhidos. Após 2 anos no Japão São Francisco Xavier adoece e morre com 46 anos. O seu corpo embalsamado por técnicas japonesas é considerado milagreiro e levado para Goa, para a catedral de São Paulo. 2 Anos depois D. Isabel de Castro arranca-lhe um dos dedos dos pés á dentada. Em 1615 um dos braços é cortado e enviado para Roma. Em 1619, parte do braço e omoplata é enviado para Nagasaqui no Japão. Em 1859 cai outro dedo do pé, que é enviado para familiares do governador de Goa.
Com os conhecimentos dos portugueses forma criadas fábricas de armas de fogo no Japão. A língua japonesa sofreu mudanças com a introdução de palavras portuguesas, bem como a culinária como o pão e o peixe frito.

A China concede Macau aos portugueses que a transformam numa cidade tipicamente portuguesa com igrejas e um mosteiro jesuíta, fundado o Senado. Ali também são incentivados os casamentos com as nativas locais, chegando mesmo a serem adoptados bebés do sexo feminino abandonados pelos chineses de Cantão.
Ali também a culinária portuguesa tem efeitos sobre a chinesa, especialmente os fritos, como a chamuça, os legumes verdes, o ananás, a pasta de camarão e o chili. O caril não podia ter sido inventado sem os portugueses.
Da China os portugueses trouxeram o chá que foi introduzido em Inglaterra por Catarina de Bragança aquando do seu casamento com Carlos II.
Foram de Macau os primeiros Varrões (porcos castrados) e as laranjas e tangerinas.




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