Vila piscatória de casas brancas com açoteias, que descem em
forma de anfiteatro pela colina junto á barra da vila.
No cimo a igreja matriz com um belo miradouro.
Em 1784 a
Fuzeta assinou a sua primeira petição para obter a autonomia paroquial, que só
veio a obter em 1835.
A festa de Nossa Senhora do Carmo realiza-se a 16 de Julho,
em que as embarcações enfeitadas transportam a imagem desde a Igreja do
Livramento até ao molhe, regressando 48 horas depois. No dia seguinte
realiza-se outra procissão pelas ruas da vila.
Moncarrapacho é povoação muito antiga, confirmada pelos
vestígios arqueológicos existentes no museu.
A este, Tavira, uma das meias belas cidades do Algarve,
situada entre as duas margens da foz do rio Gilão.
As casas do seu centro são caracterizadas pelos chamados
“telhados de tesoura”, dos séculos XVII e XVIII, ou seja que as casas tem
vários telhados, que podem ser um por cada divisão. Este tipo de telhado não
existe fora da Índia, excepto nesta cidade portuguesa.
Tavira teve ocupação anterior aos romanos. Alcançou
notoriedade no tempo dos muçulmanos.
No século XII D. Paio Peres Correia e os cavaleiros da Ordem
de Santiago apoderaram-se sanguinariamente de Tavira.
Em 1266 D. Afonso III deu-lhe foral. D. Dinis reformula a
cidade e amplia as suas muralhas.
No século XVI foi elevada a cidade por D. Manuel I, sendo na
altura a maior cidade e o principal porto do Algarve.
Tavira é a cidade das 37 igrejas, tendo o património
religioso mais rico da região. A Igreja de Santa Maria do Castelo é do século
XII e foi reconstruída depois do terramoto de 1755, tem portal gótico e uma
capela manuelina. Guarda os túmulos do mestre de Santiago e 7 companheiros
mortos á traição.
A Igreja da Misericórdia é do século XVI, em estilo
renascença, com bela fachada e pórtico, e revestida no interior com belos
azulejos azuis e brancos do século XVIII.
Perto Luz de Tavira, com a sua bela igreja, que sobreviveu
ao terramoto, sendo um dos raros exemplos em Portugal de igreja-salão,
característica dos séculos XV e XVI. Com o passar do tempo e com os sucessivos
terramotos de que sempre o Algarve sofreu, só parte da igreja original se
mantêm, como o pórtico, manuelino, com motivos naturalistas.
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