domingo, 2 de setembro de 2012

Fuzeta


Vila piscatória de casas brancas com açoteias, que descem em forma de anfiteatro pela colina junto á barra da vila.
No cimo a igreja matriz com um belo miradouro.
Em 1784 a Fuzeta assinou a sua primeira petição para obter a autonomia paroquial, que só veio a obter em 1835.
A festa de Nossa Senhora do Carmo realiza-se a 16 de Julho, em que as embarcações enfeitadas transportam a imagem desde a Igreja do Livramento até ao molhe, regressando 48 horas depois. No dia seguinte realiza-se outra procissão pelas ruas da vila.

Moncarrapacho é povoação muito antiga, confirmada pelos vestígios arqueológicos existentes no museu.

A este, Tavira, uma das meias belas cidades do Algarve, situada entre as duas margens da foz do rio Gilão.
As casas do seu centro são caracterizadas pelos chamados “telhados de tesoura”, dos séculos XVII e XVIII, ou seja que as casas tem vários telhados, que podem ser um por cada divisão. Este tipo de telhado não existe fora da Índia, excepto nesta cidade portuguesa.
Tavira teve ocupação anterior aos romanos. Alcançou notoriedade no tempo dos muçulmanos.
No século XII D. Paio Peres Correia e os cavaleiros da Ordem de Santiago apoderaram-se sanguinariamente de Tavira.
Em 1266 D. Afonso III deu-lhe foral. D. Dinis reformula a cidade e amplia as suas muralhas.
No século XVI foi elevada a cidade por D. Manuel I, sendo na altura a maior cidade e o principal porto do Algarve.
Tavira é a cidade das 37 igrejas, tendo o património religioso mais rico da região. A Igreja de Santa Maria do Castelo é do século XII e foi reconstruída depois do terramoto de 1755, tem portal gótico e uma capela manuelina. Guarda os túmulos do mestre de Santiago e 7 companheiros mortos á traição.
A Igreja da Misericórdia é do século XVI, em estilo renascença, com bela fachada e pórtico, e revestida no interior com belos azulejos azuis e brancos do século XVIII.

Perto Luz de Tavira, com a sua bela igreja, que sobreviveu ao terramoto, sendo um dos raros exemplos em Portugal de igreja-salão, característica dos séculos XV e XVI. Com o passar do tempo e com os sucessivos terramotos de que sempre o Algarve sofreu, só parte da igreja original se mantêm, como o pórtico, manuelino, com motivos naturalistas.



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