Capital do Algarve, está
situada junto á Ria Formosa.
Na pré-história foi uma pequena
aldeia de pescadores, sendo depois feitoria de Fenícios e Gregos.
Foi um importante porto e
centro administrativo na época romana, chegando a cunhar moeda, na altura
chamada de Ossónoba.
Em 418 chegaram os Visigodos, e
segundo um nicho da imagem de Santa Maria nas muralhas, passaram a chamá-la de
Santa Maria de Ossónoba.
Em 714 foi ocupada pelos
Árabes, tendo em 1013 sido sede de um principado fundado por Bem Said Hárun, o
topónimo vem exactamente de Hárum, que em árabe não se pronuncia aspirada, pelo
que se pronuncia Fárum.
Durante a ocupação árabe Faro
conheceu um grande desenvolvimento.
Em 1249 foi conquistada pelo
rei D. Afonso III que lhe deu foral, e construiu muralhas. D. Manuel I deu-lhe
novo foral, e em 1540 Faro é elevada a cidade por D. João III.
Em 1577 no reinado de D.
Sebastião, D. Jerónimo Osório transfere a sede do bispado de Silves para Faro.
Em 1596 a cidade é destruída pelos
soldados ingleses de Essex, que pilham a preciosa biblioteca que hoje está em
Oxford.
Aqui existe um grande
testemunho da permanência dos judeus, o cemitério.
Foi o judeu Samuel Gacon que em
1487 imprimiu pela primeira vez o Pentateuco, um dos livros mais antigos de
Portugal (um dos roubados pelos ingleses).
O Castelo é do século XII, e
continua na sua muralha a imagem de Nossa Senhora da Conceição (brasão da
cidade).
O Largo da Sé tem um dos mais
belos conjuntos arquitectónicos do Algarve, com a Sé Catedral, com a sua grande
variedade de estilos arquitectónicos, abóbadas góticas, órgão do século XV e um
belo painel de azulejos holandeses representando “a fuga para o Egipto”.
Faro é cheia de monumentos,
como a Igreja do Carmo, barroca, com pequena capela dos ossos, tendo sido aqui
que se tocaram os sinos em 1808 na revolta contra as tropas francesas de
Napoleão.
O convento de Nossa Senhora da
Assunção tem claustro renascentista, o mais bonito do Algarve.
Em frente á cidade está o
Parque Natural da Ria Formosa que vai desde a Ilha da Culatra á praia da Manta
Rota, 60 km
e 16 000 ha
A oeste, Almancil, conhecida
pela sua cerâmica.
As ruínas de Loulé Velho
constituem um excelente exemplar de restos de tanques de salga de peixe, o que
indica que aqui já se dedicavam á pesca.
A norte, Estói, com o seu palácio
de 1840, romântico, digno de uma visita, bem como os seus jardins, e
actualmente pousada de Portugal.
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