quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Faro



Capital do Algarve, está situada junto á Ria Formosa.
Na pré-história foi uma pequena aldeia de pescadores, sendo depois feitoria de Fenícios e Gregos.
Foi um importante porto e centro administrativo na época romana, chegando a cunhar moeda, na altura chamada de Ossónoba.
Em 418 chegaram os Visigodos, e segundo um nicho da imagem de Santa Maria nas muralhas, passaram a chamá-la de Santa Maria de Ossónoba.
Em 714 foi ocupada pelos Árabes, tendo em 1013 sido sede de um principado fundado por Bem Said Hárun, o topónimo vem exactamente de Hárum, que em árabe não se pronuncia aspirada, pelo que se pronuncia Fárum.
Durante a ocupação árabe Faro conheceu um grande desenvolvimento.
Em 1249 foi conquistada pelo rei D. Afonso III que lhe deu foral, e construiu muralhas. D. Manuel I deu-lhe novo foral, e em 1540 Faro é elevada a cidade por D. João III.
Em 1577 no reinado de D. Sebastião, D. Jerónimo Osório transfere a sede do bispado de Silves para Faro.
Em 1596 a cidade é destruída pelos soldados ingleses de Essex, que pilham a preciosa biblioteca que hoje está em Oxford.

Aqui existe um grande testemunho da permanência dos judeus, o cemitério.
Foi o judeu Samuel Gacon que em 1487 imprimiu pela primeira vez o Pentateuco, um dos livros mais antigos de Portugal (um dos roubados pelos ingleses).

O Castelo é do século XII, e continua na sua muralha a imagem de Nossa Senhora da Conceição (brasão da cidade).
O Largo da Sé tem um dos mais belos conjuntos arquitectónicos do Algarve, com a Sé Catedral, com a sua grande variedade de estilos arquitectónicos, abóbadas góticas, órgão do século XV e um belo painel de azulejos holandeses representando “a fuga para o Egipto”.
Faro é cheia de monumentos, como a Igreja do Carmo, barroca, com pequena capela dos ossos, tendo sido aqui que se tocaram os sinos em 1808 na revolta contra as tropas francesas de Napoleão.
O convento de Nossa Senhora da Assunção tem claustro renascentista, o mais bonito do Algarve.

Em frente á cidade está o Parque Natural da Ria Formosa que vai desde a Ilha da Culatra á praia da Manta Rota, 60 km e 16 000 ha

A oeste, Almancil, conhecida pela sua cerâmica.
As ruínas de Loulé Velho constituem um excelente exemplar de restos de tanques de salga de peixe, o que indica que aqui já se dedicavam á pesca.

A norte, Estói, com o seu palácio de 1840, romântico, digno de uma visita, bem como os seus jardins, e actualmente pousada de Portugal.

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