Filho de D. João V, este rei não teve governação de relevo.
Quem reinou em seu lugar foi Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido hoje
como Marquês de Pombal.
O seu reinado começa com o incêndio do hospital de Todos-os-Santos,
mau começo, depois segui-se o do Paço da Ribeira, o paiol das munições de
Miranda do Corvo, a Alfândega Nova de Lisboa e a Patriarcal.
Depois vem o grande terramoto de 1755, e o ultimato de
guerra a Portugal por parte da Espanha e da França, ligadas por um pacto.
Os espanhóis ocupam Trás-os-Montes e quedam-se em Almeida.
As costas foram invadidas por piratas franceses, que mataram e pilharam,
levando gente cativa para Argel, especialmente algarvios, mas nem Lisboa
escapava.
O Marquês organiza a defesa da costa, e ela torna-se em
armadilhas para os corsários.
A reconstrução de Lisboa perdida pelo terramoto é o sinal da
força do marquês. Largos espaços, criticados pelos estrangeiros, fazem nascer o
Pombalino. Instintivo o marquês segue em frente, e nasce um novo centro.
No entanto é feroz e déspota. No “atentado” contra o rei D.
José é igualmente calculista e vingativo. Organiza a sua desforra contra os
Távoras, após julgamentos injustos e humilhantes, e que levaram á sua morte,
ficando-lhes os carrascos com as suas roupas.
Ao padre Malagrida, defensor dos Távoras, entrega-o ao Santo
Oficio, que faz com ele um Auto-de-Fé. A sede de sangue de Sebastião José não
tem fim, não perdoava a ninguém.
Expulsa os jesuítas, mesquinho.
Ao menos tinha ideias de homem moderno, fomentando o
progresso com fábricas e oficinas, como a da seda. Reformou a Universidade,
criou feiras industriais, empresas de fiação, cerâmica, chapelaria, curtumes.
Destituído pela rainha D. Maria I, sofreu sevícias dos
ministros que lhe sucederam.
O rei, esse morreu de apoplexia e nesse mesmo dia, acabou a
sua governação, a de Sebastião José. Quem foi governado foi o rei.
Sem comentários:
Enviar um comentário