terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

D. José, a marioneta do marquês


Filho de D. João V, este rei não teve governação de relevo. Quem reinou em seu lugar foi Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido hoje como Marquês de Pombal.
O seu reinado começa com o incêndio do hospital de Todos-os-Santos, mau começo, depois segui-se o do Paço da Ribeira, o paiol das munições de Miranda do Corvo, a Alfândega Nova de Lisboa e a Patriarcal.
Depois vem o grande terramoto de 1755, e o ultimato de guerra a Portugal por parte da Espanha e da França, ligadas por um pacto.
Os espanhóis ocupam Trás-os-Montes e quedam-se em Almeida. As costas foram invadidas por piratas franceses, que mataram e pilharam, levando gente cativa para Argel, especialmente algarvios, mas nem Lisboa escapava.
O Marquês organiza a defesa da costa, e ela torna-se em armadilhas para os corsários.

A reconstrução de Lisboa perdida pelo terramoto é o sinal da força do marquês. Largos espaços, criticados pelos estrangeiros, fazem nascer o Pombalino. Instintivo o marquês segue em frente, e nasce um novo centro.

No entanto é feroz e déspota. No “atentado” contra o rei D. José é igualmente calculista e vingativo. Organiza a sua desforra contra os Távoras, após julgamentos injustos e humilhantes, e que levaram á sua morte, ficando-lhes os carrascos com as suas roupas.
Ao padre Malagrida, defensor dos Távoras, entrega-o ao Santo Oficio, que faz com ele um Auto-de-Fé. A sede de sangue de Sebastião José não tem fim, não perdoava a ninguém.
Expulsa os jesuítas, mesquinho.

Ao menos tinha ideias de homem moderno, fomentando o progresso com fábricas e oficinas, como a da seda. Reformou a Universidade, criou feiras industriais, empresas de fiação, cerâmica, chapelaria, curtumes.

Destituído pela rainha D. Maria I, sofreu sevícias dos ministros que lhe sucederam.
O rei, esse morreu de apoplexia e nesse mesmo dia, acabou a sua governação, a de Sebastião José. Quem foi governado foi o rei.

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