De origem árabe, cigana ou marinheira?
Canção de marginais ou de nobreza?
Alma lisboeta ou cartaz publicitário?
O fado é tudo isto e mais.
O fado são poemas de Camões a Pedro Homem de Melo.
Cantado por muitos e ouvido por muitos mais.
Vem das modinhas que se cantavam nas hortas, e nas patuscadas boémias na zona saloia.
No século XIX encontra-se implantado na vida nocturna lisboeta. È cantado tanto nas tabernas dos bairros populares, como nos jantares da nobreza.
O seu primeiro mito foi Severa.
Pouco se sabe desta figura do fado, mas sabe-se que cantava como ninguém até ai o tinha feito.
Aparece ligada ao Conde do Vimioso de quem foi amante.
Ainda hoje falar de fado é falar de Severa, da Rua do Capelão, da Senhora da Saúde.
Mas fado também é Cesária, Luzia, Maria das Neves, Maria Alice, Julia Florista, Armandinho, Maria Vitória, Carlos do Carmo e sobretudo Amália.
O fado foi evoluindo com o tempo e com os seus intérpretes principalmente com Amália.
Mas o fado não é só fadistas, ele não existe sem a arte dos guitarristas.
Carlos Paredes foi o seu mestre, o maior de todos.
O fado fala de saudade (esse sentimento tão português), do destino, da paixão, do remorso, da mãe e dos filhos, do amor, do homem e da mulher e do próprio fado.
O fado sendo nacional, é alfacinha.
1 comentário:
Carlos Paredes fez reviver a guitarra portuguesa enquanto instrumento solista mas, tanto quanto saiba, não teve uma ligação muito forte ao fado.
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