A presença do azulejo em Portugal é muito antiga.
Palavra de origem árabe significa “ pedra pequena lisa e polida”.
A produção de azulejos em Portugal começa no século XVI, introduzida pelos italianos e flamencos.
Em Lisboa começam pela Igreja de São Roque e pelo Convento da Graça.
Antes existiam os de aresta como os da Capela de Santo Amaro ou da Igreja da Luz.
Simultaneamente mantêm-se a importação dos azulejos “ponta de diamante”.
No século XVII surgem os revestimentos de “tapete”, series de azulejos iguais rodeados por uma moldura, e cobrindo grandes superfícies, como no claustro da Sé, Igreja das Mercês, Igreja da Penha de França e no Convento de Chelas.
Excepcional é a Capela de São Sebastião ao Paço do Lumiar.
Surgem os painéis figurativos como o da entrada do Hospital de São José.
No século XVIII abandona-se a policromia e toma-se a técnica do azul e branco. Os últimos azulejos policromos são os exteriores da Capela de Santo Amaro.
Os mais célebres do início do século XVIII são os do Palácio da Fronteira, mas podem-se ver em vários palácios.
Com o terramoto de 1755, e a necessidade de cobrir de forma higiénica e pouco dispendiosa, nascem fábricas, novas técnicas, ressurge a policromia nos azulejos.
A do Rato e da Senhora do Monte ganham fama. Posteriormente a de Sacavém, a Viúva Lamego e a de Santana.
E os azulejos espalham-se na cidade tanto nos bairros antigos (Baixa, Alcântara, Lapa, São Paulo), como nos que começam a surgir (Estefânia, Campo de Ourique, Campolide).
No século XIX começa a diminuir a procura do azulejo, tendo mesmo a câmara de Lisboa proibido o seu uso em 1920.
Entretanto surgem as decorações arte-nova, bem como os grandes painéis revivalistas, como os do Pavilhão Carlos Lopes.
A partir dos anos 40 do século XX surge uma nova estética decorativa, exemplos que podem ser vistos na Faculdade de Letras, no Palácio da Justiça, no Metropolitano, na Avenida Calouste Gulbenkian.
Pode-se admirar a história do azulejo no Museu Nacional do Azulejo, no Convento da Madre de Deus.
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