Foi edificado em 1403 por ordem de D. Nuno Alvares Pereira.
Foi construído para aproveitar a força das marés e utilizado para a industria da moagem, popular no estuário do Tejo.
Era dotado inicialmente com 3 moendas, foi ampliado na época posterior e doado pelo Condestável ao Convento do Carmo em Lisboa, que posteriormente promoveu a construção de outros moinhos no concelho do Seixal.
Em 1834, com a extinção das ordens religiosas, foi vendido a João Luís Lourenço, um local, tendo permanecido na família por várias gerações, assegurando a produção a família Gomes, que iria desempenhar um papel importante na evolução da industria.
Em 1865, Manuel José Gomes, fundou a empresa "Moinhos Reunidos", depois "Viúva de Manuel José Gomes & Filhos", com fábrica de moagem na Cova da Piedade.
Entre 1907 e 1930, Manuel Joaquim de Oliveira, industrial do Seixal, assumiu a exploração efectuando obras de ampliação e adaptando parte do moinho ao descasque do arroz.
A moagem industrial levou ao declínio dos moinhos de maré.
Em 1986 foi aberto ao público como um dos núcleos do Ecomuseu Municipal do Seixal.
Em Portugal forma construídos vários moinhos de maré ao longo do litoral, encontram-se documentos de pelo menos 45 no estuário do Tejo, desde o século XII, intensificando-se nos séculos XV e XVI, devido aoa crescimento de Lisboa e expansão marítima.
No concelho do seixal existiam 13 moinhos de maré, importantes para o abastecimento dos concelhos do Seixal, Almada e Lisboa, e para o fabrico do biscoito para as armadas portuguesas.
A sua importância valeu-lhes a distinção de Imóveis de Interesse Público em 1984.
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