Na verdade, o facto de ser o extremo sul do país e da própria Europa e de se situar na passagem obrigatória entre o Atlântico Norte e o Mediterrâneo, transformou esta região, desde há 3 milénios, numa terra de gentes e culturas.
Aqui estiveram Fenícios, Cartagineses, Gregos, Romanos, Godos, Magrebinos e Mauritanos até ao século XIII, quando passou para a coroa portuguesa.
Ainda hoje o Algarve é outro país. É a única região de Portugal bem delimitada morfologicamente.
A longa tradição pesqueira e comercial dos algarvios potenciou toda a economia e a sua participação nas viagens marítimas, sendo raras as famílias que não tinham gente no mar.
O apoio do Algarve foi fundamental para a manutenção do domínio das praças de Marrocos e das ilhas atlânticas, pois forneciam os bens alimentares, materiais de construção e homens.
Tavira e Lagos, mas também Silves, Loulé, Faro e Cacela cresceram e enriqueceram com edifícios dignos dos antigos tempos islâmicos.
D. Manuel I teve pelo Algarve grande admiração em reconhecimento ás suas gentes no papel dos descobrimentos e patrocinou obras de vulto na região.
Os terramotos posteriores fizeram desaparecer muitos desses tesouros.
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