quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A península de Setúbal

 Abrange 9 concelhos desiguais: Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete (concelhos ribeirinhos do Rio Tejo), e Sesimbra, Palmela e Setúbal a sul.
A sua população atinge quase 1 milhão de habitantes.
O começo da sua reconquista pelos cristãos teve início em 1147, após a tomada de Lisboa.
Geograficamente está situada entre os dois rios, Tejo e Sado, o oceano atlântico, e a planície alentejana e a lezíria ribatejana.

Quando chegaram os romanos esta zona era conhecida como Acra Barbarion, promontório dos bárbaros.
Nessa altura o estuário do Tejo entrava mais para dentro da península, a Lagoa de Albufeira estava permanentemente aberta, e Tróia era uma ilha. Também Palmela estava perto do rio Sado.
A nível de população a ocupação foi sendo sempre lenta, na época romana haviam três povoações: Equabona, Cetobriga e Malaceca, que se mantiveram no tempo dos Visigodos. No período árabe havia apenas duas: Balmalah (Palmela) e Al Mahdan (Almada).
A via romana que ligava Olissipo (Lisboa) a Emérita (Merida, Espanha), seguia pela península de Setúbal, saindo de Almada para Setúbal e depois para Marateca, e passava por Equabona, que ficava junto á actual Coina. Este percurso entre Coina e Setúbal coincide com a actual EN 10.

Outro facto é o de que as grandes urbes eram as sedes de diocese, e a de Setúbal só seria criada em pleno século XX, em 1976.
A província da Lusitânia foi criada em 27 A.C. por o imperador Augusto e tinha a sua capital em Merida, tendo no século I, por Vespasiano, sido dividida em 3 juridições (conventi): Scaliabitanus (Santarém), Pacensis com capital em Pax Júlia (Beja), e Emeritensis com capital em Mérida.
Não se sabe ao certo os limites em qual delas se encontrava a península de Setúbal. Os Visigodos parecem terem-na passado para o domínio de Lisboa, e durante o período árabe dividida entre Ushbuna (Lisboa) e Al Qasr (Alcácer do Sal).
Presume-se que após a reconquista de Lisboa, e a fuga dos muçulmanos para Palmela e Alcácer, as terras tenham ficado sob jurisdição de Lisboa. Nessa altura as povoações mais numerosas seriam Almada, Setúbal, Palmela, Sesimbra e talvez Coina.

Sabe-se que já existiam dois núcleos de cristãos na península junto a Almada, Al Kamisat hoje Alcaniça, que significa templo de cristãos, e em Palmela, Beselga que significa igreja.

Terão sido arrasada pelos exércitos de Marrocos que vieram em auxílio do emir de Lisboa, mas os topónimos ficaram. Azóia é um derivado de Az Zawya que significa mosteiro.

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