A sua população atinge quase 1 milhão de habitantes.
O começo da sua reconquista pelos cristãos teve início em
1147, após a tomada de Lisboa.
Geograficamente está situada entre os dois rios, Tejo e
Sado, o oceano atlântico, e a planície alentejana e a lezíria ribatejana.
Quando chegaram os romanos esta zona era conhecida como Acra
Barbarion, promontório dos bárbaros.
Nessa altura o estuário do Tejo entrava mais para dentro da península,
a Lagoa de Albufeira estava permanentemente aberta, e Tróia era uma ilha. Também
Palmela estava perto do rio Sado.
A nível de população a ocupação foi sendo sempre lenta, na época
romana haviam três povoações: Equabona, Cetobriga e Malaceca, que se mantiveram
no tempo dos Visigodos. No período árabe havia apenas duas: Balmalah (Palmela)
e Al Mahdan (Almada).
A via romana que ligava Olissipo (Lisboa) a Emérita (Merida,
Espanha), seguia pela península de Setúbal, saindo de Almada para Setúbal e
depois para Marateca, e passava por Equabona, que ficava junto á actual Coina.
Este percurso entre Coina e Setúbal coincide com a actual EN 10.
Outro facto é o de que as grandes urbes eram as sedes de
diocese, e a de Setúbal só seria criada em pleno século XX, em 1976.
A província da Lusitânia foi criada em 27 A .C. por o imperador
Augusto e tinha a sua capital em Merida, tendo no século I, por Vespasiano,
sido dividida em 3 juridições (conventi): Scaliabitanus (Santarém), Pacensis
com capital em Pax Júlia
(Beja), e Emeritensis com capital em Mérida.
Não se sabe ao certo os limites em qual delas se encontrava
a península de Setúbal. Os Visigodos parecem terem-na passado para o domínio de
Lisboa, e durante o período árabe dividida entre Ushbuna (Lisboa) e Al Qasr
(Alcácer do Sal).
Presume-se que após a reconquista de Lisboa, e a fuga dos
muçulmanos para Palmela e Alcácer, as terras tenham ficado sob jurisdição de
Lisboa. Nessa altura as povoações mais numerosas seriam Almada, Setúbal,
Palmela, Sesimbra e talvez Coina.
Sabe-se que já existiam dois núcleos de cristãos na península
junto a Almada, Al Kamisat hoje Alcaniça, que significa templo de cristãos, e
em Palmela, Beselga que significa igreja.
Terão sido arrasada pelos exércitos de Marrocos que vieram
em auxílio do emir de Lisboa, mas os topónimos ficaram. Azóia é um derivado de
Az Zawya que significa mosteiro.
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