São duas das zonas mais visitadas, e apreciadas pelos
turistas que visitam a capital portuguesa.
Foi na praia do Restelo que o Infante D. Henrique mandou
construir uma capela no local onde hoje está o Mosteiro dos Jerónimos. Desde D.
Afonso III que Lisboa se tornou a capital do reino, quando a corte de instalou
na alcáçova do castelo, que D. Manuel I muda para o Paço da Ribeira.
O Mosteiro dos Jerónimos ocupa a Praça do Império com uma
fachada de quase 200
metros . Virada para o Rio Tejo. A Igreja, o claustro
real e o grande dormitório virando para a praia, é do arquitecto Boytac, a
cobertura da igreja e tudo o posterior deve-se a João de Castilho. A poente
fica o enorme dormitório dos frades de 2 andares, hoje ocupados pelo Museu de
Arqueologia e da Marinha.
A igreja tem 2 portais principais em pedra lioz, diferentes.
O virado para o Tejo é uma das jóias do manuelino, organiza-se numa escala sem
igual para a época. Representa um retábulo de Nossa Senhora de Belém, com apóstolos,
evangelistas e o Infante D. Henrique. O axial é do francês Nicolau Chanterene
com os retratos de D. Manuel e de D. Maria, com os santos protectores, os apóstolos,
e cenas da infância de Cristo. È do tipo salão e uma das mais notáveis de toda
a Europa com finos pilares de nervuras quase plana. Sob o coro alto estão os túmulos
de Camões e de Vasco da Gama, ambos neo-manuelinos do século XIX.
A Capela-Mor e o transepto albergam os túmulos dos reis D. Manuel
I, D. João III, esposas e descendência. Nas capelas do transepto estão o rei D.
Sebastião e D. Henrique. O claustro real possui 2 andares com decoração naturalista,
mas com temas já renascentistas. O Coro Alto tem o cadeiral feito por Diego de
Zarza, a melhor peça de marcenaria maneirista portuguesa, bem como um enorme
Cristo crucificado do escultor Philippe de Vries. O refeitório é gótico. A Sala
do capitulo tem um belo portal esculpido e guarda o tumulo de Alexandre
Herculano.
A Torre de Belém também é manuelina, é de autoria de
Francisco de Arruda, e foi construída entre 1515 e 1519. É um baluarte
poligonal com uma torre de menagem ao estilo medieval. A reforma de 1848
alterou a decoração, fruto da imaginação delirante dos restauradores
oitocentistas.
O Museu Nacional de Arte Antiga conserva das mais belas
colecções de arte do país.
Uma delas é os painéis de São Vicente. Redescobertos no século
XIX pertenceram ao altar de São Vicente da Sé de Lisboa, e são uma das mais extraordinárias
pinturas da história ocidental. Atribui-se a Nuno Gonçalves, pintor de D.
Afonso V, que encomendou esta obra a enaltecer a protecção do santo aos
portugueses em Marrocos.
Também contem a famosa Custodia de Belém, de 1506 e é um dos
maiores símbolos do poder do monarca.
A Igreja da Conceição Velha pertenceu aos cavaleiros da
Ordem de Cristo, que no século XVI a engrandeceram e a tornaram uma das mais notáveis
da capital. O portal é de 1518 composto por um arco com duas arquivoltas
esculpidas, é ladeado por 2 pilares tipicamente manuelinos. Tem nichos que
representam a Anunciação.
Destaca-se a representação de Nossa Senhora da Misericórdia,
obra de grande qualidade, em que a senhora protege debaixo do seu manto as
diversas classes sócias.
Perto a Casa dos Bicos, um belo exemplo da arquitectura do
inicio do século XVI. Foi mandada construir pelo filho do governador da Índia,
Afonso Albuquerque, construída sob umas antigas salgas junto ás velhas
muralhas.
A fachada é feita com pedra facetada em ponta de diamante. Os
andares que rumam em 1755 com o terramoto, foram reconstruídos em 1983, mas com
as molduras dos vãos são em metal, para diferenciar.
O Castelo de São Jorge é do tempo islâmico, e saiam daqui as
muralhas mouras, e de que hoje pouco resta, especialmente do lado nascente,
junto á Igreja do Menino Deus. Depois da reconquista em 1147 foi aqui a morada
dos monarcas até que D. Manuel I a mudou para o Paço da Ribeira, embora alguns
monarcas o habitassem por temporadas como D. Sebastião.
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