Este cabo é considerado mítico e sagrado desde o Neolítico. Vários
autores gregos do século IV A.C. relatam rituais que eram realizados aqui para
castigar aqueles que ousavam desobedecer aos tabus e ás proibições prescritas
sobre o período nocturno (incluindo sacrifícios). No cabo era proibido
pernoitar devido á presença de seres divinos.
Os romanos também o consideravam sagrado dando-lhe o nome de
“Promuntorium Sacrum”, dai a origem do nome Sagres.
O nome de São Vicente está ligado á lenda do santo. O seu
corpo foi encontrado á deriva num barco vindo de Valência, e que aqui foi
guardado por corvos dos animais ferozes, sendo depois enterrado numa igreja
chamada de Corvo (mais tarde mosteiro), e que foi lugar de peregrinação durante
séculos.
Duas batalhas aconteceram nesta zona: a de 1797 entre espanhóis
e ingleses, que eram comandados pelo almirante Nelson, e a de 1833 entre D. Miguel
e os liberais de D. Pedro II comandados pelo almirante britânico Charles Napier.
No extremo do cabo está o farol, com 62 metros de altura, de
cor vermelha.
As ruínas do convento dos Jerónimos estão situadas no
interior da fortaleza de São Vicente. Os frades eram obrigados por D. Manuel I,
a manter uma luz de aviso á navegação durante a noite. A fortaleza foi concluída
no século XVI e reedificada nos dois séculos seguintes. Na porta principal estão
as armas de D. João III.
A norte está a praia do Telheiro, uma praia escondida de águas
limpas e de difícil acesso, óptima para o surf.
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