domingo, 3 de junho de 2012

Cabo São Vicente


Este cabo é considerado mítico e sagrado desde o Neolítico. Vários autores gregos do século IV A.C. relatam rituais que eram realizados aqui para castigar aqueles que ousavam desobedecer aos tabus e ás proibições prescritas sobre o período nocturno (incluindo sacrifícios). No cabo era proibido pernoitar devido á presença de seres divinos.
Os romanos também o consideravam sagrado dando-lhe o nome de “Promuntorium Sacrum”, dai a origem do nome Sagres.

O nome de São Vicente está ligado á lenda do santo. O seu corpo foi encontrado á deriva num barco vindo de Valência, e que aqui foi guardado por corvos dos animais ferozes, sendo depois enterrado numa igreja chamada de Corvo (mais tarde mosteiro), e que foi lugar de peregrinação durante séculos.

Duas batalhas aconteceram nesta zona: a de 1797 entre espanhóis e ingleses, que eram comandados pelo almirante Nelson, e a de 1833 entre D. Miguel e os liberais de D. Pedro II comandados pelo almirante britânico Charles Napier.

No extremo do cabo está o farol, com 62 metros de altura, de cor vermelha.

As ruínas do convento dos Jerónimos estão situadas no interior da fortaleza de São Vicente. Os frades eram obrigados por D. Manuel I, a manter uma luz de aviso á navegação durante a noite. A fortaleza foi concluída no século XVI e reedificada nos dois séculos seguintes. Na porta principal estão as armas de D. João III.

A norte está a praia do Telheiro, uma praia escondida de águas limpas e de difícil acesso, óptima para o surf.

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