Afonso Domingues – Mestre do Mosteiro da Batalha
Boytac – Arquitecto que viveu em Portugal nos finais do
século XV. Foi mestre-de-obras régio, e um dos maiores do Manuelino, sendo
responsável entre outros pela Igreja do Convento de Jesus em Setúbal, o
Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa, e o Mosteiro da Batalha, onde está sepultado.
Afonso Brás de Albuquerque – Filho do governador Afonso de
Albuquerque. Foi baptizado de Brás por vontade do rei D. Manuel I, e adoptou o
nome do pai em sua honra. No reinado de D. João III foi vedor da fazenda, e
presidente do senado de Lisboa. Mandou construir a Quinta da Bacalhoa em
Azeitão.
Cristóvão de Figueiredo – Pintor nos reinados de D. Manuel I
e D. João III
Diogo Ortiz de Vilhegas – Nascido em Calzadilla no reino de
Leão, vem para Portugal como capelão da rainha D. Joana em 1476. Em 1491 D.
João II nomeia-o bispo de Tanger, tornando-se seu capelão em 1494. Foi depois
em 1500 bispo de Ceuta, e em 1504 bispo de Viseu, promovendo a construção da abóbada
manuelina da sé. Foi escolhido para professor dos infantes pelo rei D. Manuel
I, nomeando-o seu testamenteiro em 1517.
Diogo de Azambuja – Nasceu em 1432, serviu o filho do
Infante D. Pedro, Duque de Coimbra. Em 1458 na batalha de Alcácer Ceguer ao
lado de D. Afonso V. D. João II nomeado vedor-mor em 1487. Com D. Manuel i
manda edificar várias fortalezas no norte de África. Morre em 1518.
Diogo de Castilho – Nasce em 1493 em Santader, Espanha. Veio
para Portugal com seu irmão João de Castilho. Participou nas obras do Mosteiro
dos Jerónimos, nos paços reais de Coimbra, entre outros. Em 1527 recebe honras
na cidade do Porto, e em 1547 é nomeado cavaleiro da cas real. Morre em 1574.
Diogo de Arruda – Foi um dos mais destacados criadores do
Manuelino, trabalhou nos paços reais de Santarém, e foi um dos mais notáveis
arquitectos militares, principalmente nas praças do norte de África.
Diogo Pires-o-Moço – Filho de Diogo Pires, foi escultor,
sendo as suas obras mais emblemáticas o tumulo de Diogo de Azambuja na Igreja
dos Anjos, em Montemor-o-Novo, o frontal do altar da Sé Velha de Coimbra, a
pedra tumular do bispo D. Álvaro, e a capela-mor da Igreja de São Marcos.
D. Diogo de Sousa – Uma das mais importantes figuras do
humanismo em Portugal, frequentou as universidades de Salamanca e Paris, onde
se doutorou. Em 1493 D. João II manda-o a Roma para prestar obediência ao papa
Alexandre VI, e em 1505 é a vez de D. Manuel I o enviar na mesma viagem ao papa
Júlio II, sendo nomeado arcebispo de Braga. Está sepultado na capela de Jesus
na Sé de Braga.
Egas Moniz – Tutor de D. Áfonos Henriques, foi ele que
devido ao seu penhor da palavra parente D. Afonso VII de Leão, pôs á disposição
do monarca a sua vida e da sua família. Foi nomeado por D. Afonso Henriques mordomo-mor,
o cargo mais importante da cúria. Encontra-se sepultado no Mosteiro de Paço de
Sousa, por ele enriquecido.
Francisco de Arruda – Arquitecto régio, trabalhou com o seu
irmão Diogo no Convento de Cristo, em Tomar em 1512. Em 1514 estava nas obras dos
Jerónimos em Lisboa, e entre 1515 e 1519 foi o responsável pela Torre de Belém.
Também foi responsável pela Igreja da Conceição em Elvas, e o aqueduto da Água
de Prata em Évora.
Gaspar Vaz – Pintor que manteve a sua actividade entre 1514
até ao ano de 1568, um ano antes da sua morte. Trabalhou em Lisboa, na oficina
de Jorge Afonso, com Vasco Fernandes, Garcia Fernandes e Gregório Lopes.
Garcia Fernandes – Pintor entre 1514 e 1565, é o conhecido
mestre de Ferreirim, onde pintou o seu retábulo. Tem obras espalhadas por todo
o país.
Gil Eanes – Navegador que pela primeira vez passou a sul do
Cabo Bojador, após 10 anos de tentativas, navegando 50léguas após o cabo. D.
Henrique fê-lo escudeiro de sua casa.
Gil Vicente – Ourives e poeta, é de sua autoria a famosa
Custódia de Belém, a maior obra de ourivesaria portuguesa religiosa. Esteve ao
serviço da rainha D. Leonor, e foi mestre da Balança da Casa da Moeda de
Lisboa.
Gregório Lopes – Pintor entre 1513 e 1550. Foi pintor régio
de D. Manuel I e de D. João III, e cavaleiro da ordem de Santiago. Executou
obras no Mosteiro de São Francisco em Lisboa, no Mosteiro de Ferreirim, e no
Convento de Cristo.
Gualdim Pais – Membro da nobreza minhota, governou a ordem
militar do templo entre 1157 e 1195, sendo o seu primeiro mestre. Encarregue da
defesa da fronteira do Rio Tejo após a reconquista, recebeu terras em doação,
como a que onde hoje está o castelo de Tomar.
João de Castilho – Arquitecto biscainho, natural de
Santader, efectuou os seus estudos em Nápoles. Em 1517 trabalhou no Mosteiro dos
Jerónimos, dirigindo as obras a partir de 1522. Trabalhou no Convento de Cristo
em Tomar, no Mosteiro de Alcobaça, e no Mosteiro da Batalha. Também trabalhou
em Mazagão (Marrocos).
João de Ruão _ Escultor francês, chega a Portugal em 1517.
Tem obra numerosa espalhada entre o centro e o norte, retábulos e figuras de
vulto, como o da Sé da Guarda.
Jorge Afonso – Pintor régio em 1508, foi vedor das obras de
pintura nos reinados de D. Manuel I e de D. João III. Das suas mais importantes
obras destacam-se os quadros da charola do Convento de Cristo, e as cenas da
infância de Jesus em
Setúbal. Foi mestre de outros pintores que ensinou na sua
oficina de Lisboa.
D. Jorge de Almeida – Irmão de D. Francisco de Almeida, foi
eleito bispo em 1481, com apenas 25 anos de idade, recebendo a ordem sacerdotal
em 1485, e a ordenação episcopal em 1488. Foi sua a contratação de Olivier de
Gand para fazer o retábulo da capela-mor da Sé Velha de Coimbra. Escreveu
importante obra “Constituições do Bispado” (em 1521), ainda hoje um valioso
estudo.
Luís de Camões – Um dos maiores vultos da literatura
portuguesa, Autor de Os Lusíadas, obra-prima da literatura renascentista, onde
descreve a epopeia marítima dos portugueses, sendo editada em 1572. Teve vida
agitada, sendo degredado por duas vezes para oriente.
Marcos Pires – Arquitecto do Mosteiro de Santa Cruz de
Coimbra e do Claustro do Silêncio.
Mateus Fernandes – Mestre-de-obras em Santarém, nas
fortificações da ilha da Madeira e no Mosteiro de Alcobaça. Dirigiu as obras do
Mosteiro da Batalha a partir de 1490.
A sua obra-prima é exactamente o portal de acesso das
capelas imperfeitas, panteão de D. Duarte de 1509.
Nicolau Chantere – Escultor francês que trabalhou em
Portugal entre 1517 e 1551, foi o pioneiro da introdução do renascimento em
Portugal, sendo da sua autoria o portal axial do Mosteiro dos Jerónimos, o
retábulo do Palácio da Pena em Sintra, e obras em Coimbra e Évora.
Nuno Gonçalves – Um dos pintores mitos de Portugal, pintou
entre 1450 e 1492. Foi nomeado pintor régio de D. Afonso V em 20 de Julho de
1450. Em 1470 foi nomeado cavaleiro da casa real e um ano mais tarde pintor da
cidade de Leiria.
Olivier de Gand – Escultor flamengo autor do monumental
retábulo da Sé Velha de Coimbra, obra impar da escultura flamenga em Portugal. Ao serviço
de D. Manuel I executou as esculturas em madeira de tamanho natural, para a
charola do Convento de Cristo em Tomar.
Pedro Alvares Cabral – Nascido em Belmonte, era filho do
alcaide-mor. Casa com uma das filhas de Afonso de Albuquerque. Foi agraciado
por D. João II com uma renda anual. Comandou a armada que em 22 de Abril de
1500 descobriu oficialmente o Brasil, atracando em Porto Seguro.
Dom Sesnando – Governador de Coimbra, filho de moçarabes que
detinham grandes propriedades em Tentúgal, Montemor-o-Velho. Vai em 1026 para
Sevilha como prisioneiro dos muçulmanos, ocupando depois cargos importantes.
Foge para junto do rei de Leão e Castela, Fernando Magno. A 9 de Julho de 1064
conquista Coimbra, depois de 6 meses de cerco, e torna-se seu governador com o
titulo de conde.
Vasco da Gama – Capitão-mor da armada que chegou á Índia,
partindo de Lisboa em 1497. D. Manuel I nomeia-o almirante-mor do mar das Índias.
Volta a realizar mais duas viagens, em 1502 e em 1524, a ultima já como
vice-rei das Índias.