Em 1872 foi fundada a Companhia Carris de Ferro de Lisboa,
que tinha autorização para instalar os “carros americanos” (tramways),
carruagens puxadas por tracção animal sobre carris.
A 17 de Novembro de 1873 foi inaugurada a primeira linha
entres Santos e Santa Apolónia.
A 17 de Setembro de 1887 a Carris já explorava 3 linhas,
adicionando a do Corpo Santo – Largo do Rato (1880) que dai bifurcava para a
Estrela e para o Príncipe Real, e as entre o Rossio e os Anjos (1881). Consegue
o monopólio da exploração por 99 anos, findo o qual passava para a posse do
município. A degradação dos outros serviços torna a Carris a preferida dos
alfacinhas.
Em 1875 eram mais de 3 milhões a utilizarem, em 1898 já eram
mais de 11 milhões de passageiros anuais.
Em 1888 a
Carris consegue autorização da câmara municipal para alterar a bitola, que
ainda hoje se mantêm, para evitar o uso por outras companhias.
Em 31 de Agosto de 1901 era inaugurada a primeira linha de
eléctricos entre o Cais do Sodré e Ribamar (Algés), depois de uma grande
polémica sobre o modelo a seguir (com ou sem trólei). Foi um sucesso. Os
americanos são totalmente retirados em 1905.
O eléctrico contribui para a extensão da cidade, e dá origem
a bairros como o do Areeiro, Benfica, Carnide e Lumiar.
A 8 de Setembro a linha era prolongada ao Dafundo, no dia 15
nascia a linha Rossio - Alexandre Herculano, e a Conde Barão – São Paulo, a 29
chegavam a Santa Apolónia.
Em 1902 chegam ao Areeiro, Benfica, São Bento, Largo do Rato,
Estrela e Anjos.
Em 1905 chegam a Gomes Freire, em 1906 á Graça, em 1914 é
inaugurada a linha Camões – Estrela, em 1915 a Martin Moniz – São Tomé.
A expansão dos anos 20 leva os eléctricos a Carnide, Ajuda e
Alto de São João.
Depois foram poucas as novas linhas, o prolongamento á Cruz
Quebrada, a ligação entre o Calvário e a Tapada da Ajuda (a actual), a da Rua
de Campolide.
A 1 de Abril de 1945 começam os encurtamentos nas linhas,
acentuados em 1947 e 1950.
Em 1958 foi inaugurada a ultima extensão da rede entre o
Alto de São João e a Rua Madre de Deus, pela Avenida Afonso III. Nessa altura a
rede de linhas tinha 145 km .
Em 1959 com a inauguração do metropolitano as linhas têm
alterações significativas. São suprimidas as carreiras que circulam no eixo do
metro, sendo encurtadas á Praça do Chile e ao Saldanha.
Em 1962 os eléctricos desaparecem do Saldanha, devido á
reconfiguração da praça.
Em 1966 devido á construção da ponte é cortada a ligação
entres Alcântara e o Calvário.
Em 1971 os eléctricos deixam de ir ao Lumiar devido ás
alterações no Campo Grande.
Em 1972 são retirados os últimos eléctricos da Avenida da
República, tal como do Areeiro devido ao novo arranjo da praça, e deixam de ir
definitivamente ao Rossio (carreira 28).
Em 1973 deixam de circular os eléctricos para Benfica e
Carnide. Restavam 90 km
de linhas.
Em 1975 as carreiras 31/32 são suprimidas, em 1980 começam
as obras de modernização dos carris e da rede aérea, em 1982 as 22/23 deixam de
circular deixando São Bento sem eléctricos, em 1984 as carreiras 10/11 (sendo o
28 prolongado ao Martim Moniz).
Em 1986 é inaugurada uma nova linha 10 entre o Cais do Sodré
e Campolide para substituir os autocarros da carreira 15, até virem novos
autocarros que os substituíssem (durou até 1991).
Em 1990 é eliminada a carreira 27, sendo a 24 dividida em
duas, a 23 entre o Campo das Cebolas e a Praça do Chile, e a 24 entre o Alto de
São João e o Largo do Carmo.
Em 1991 desaparecem as linhas de circulação, eliminadas as
26e a 29/30, passando a 25 a
circular entre o Corpo Santo e Gomes Freire. A 20 é encurtada também a Gomes
Freire e a Rua de São Lázaro e o Campo Santana vêem desaparecer os eléctricos. Também
a carreira 19 deixa de circular, retirando o eléctrico das Janelas Verdes.
Em 1992 é eliminada a carreira 23 e acaba a remodelação da
rede já sem eléctricos na Avenida Afonso III.
Em 1993 encurta-se a carreira 17 ao Campo das Cebolas, e em 1994 a carreira 24 passa a
fazer terminal no Cais do Sodré, e a 25 passa para o Largo do Carmo devido é
eliminação da linha entre o Largo do Rato e Gomes Freire. A 20 é suprimida,
deixando o Conde Redondo, a Alexandre Herculano e São Mamede sem eléctricos.
Em 1996 os eléctricos deixam o Carmo, a Ferreira Borges e as
Amoreiras, passando 0 25 para os Prazeres.
Depois é a antiga primeira circular a ver desaparecer as
linhas 17 e 24, e Campolide, São Sebastião, Arco Cego, Praça do Chile e Alto de
São João perdem os eléctricos.
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