sexta-feira, 21 de maio de 2010

Florbela Espanca

"Eu sou a que no mundo anda perdida"


Nasceu com o nome de Florbela Lobo, filha ilegítima de João Maria Espanca e de Antónia da Conceição Lobo, patrão e empregada, no dia 8 de Dezembro de 1984.


A mãe morre em 1908 e é educada pelo pai. Ela manda-a para o Liceu de Évora (1908/12), o que lhe taz saudades de casa:
" ó minha terra na planície rasa
   branca de cal e de luar
   minha terra que nunca viu o mar
   onde tenho o meu pão e a minha casa"


Aos 19 anos casa com o seu colega Alberto Moutinho e vai viver para o Redondo. Daqui sairão algumas obras.
Em 1917 regressa a Vila Viçosa, devido a problemas financeiros. Volta aos estudos em Évora.
Um aborto involuntário termina com o casamento e faz surgir os primeiros sintomas da nevrose: " que eu nunca sei que sou, nem o que tenho".


Separada do 1º casamento em 1921, casa em 1922 com António Guimarães. Um ano depois novo aborto e novo divórcio.
O médico Mário Lage é o seu terceiro e último marido: " passou um dia, a dor á minha porta e, nesse dia, entrou".


No dia 6 de Julho de 1927 morre o seu irmão, 3 anos mais novo num acidente de viação.
Ao seu irmão, Apeles, dedica-lhe "As máscaras do destino", como já lhe dedicara a sua alma e os eu amor. E nunca mais recupera de tal.


Em 1930 é-lhe diagnosticado um edema pulmonar e tenta suicidar-se duas vezes.
No próprio dia do seu aniversário, a 8 de Dezembro, com 36 anos, toma uma dose letal de comprimidos:
" dona morte dos dedos de veludo
  fecha-me os olhos que já viram tudo".
Só em 1948 é que o pai a perfilha, por ocasião de uma homenagem que Vila Viçosa lhe faz, colocando o seu busto numa das suas ruas.

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